CAMARA DOS DEPUTADOS – “Aprovado projeto que permite abatimento no Fies para graduados em saúde, direito e engenharia que trabalharem no serviço público”

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa proporcionar abatimento no saldo devedor do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para aqueles que se formarem em áreas específicas e trabalharem no serviço público. O projeto busca alterar a Lei do Fies para incluir essa medida.

O substitutivo elaborado pelo deputado Moses Rodrigues, relator do Projeto de Lei 2659/15, proposto pelo ex-deputado Wadson Ribeiro, foi aprovado juntamente com outras cinco propostas apensadas. A proposta original versava sobre o abatimento para formados em nove cursos da área de saúde, mas o relator ampliou o escopo do projeto.

Segundo Moses Rodrigues, todas as seis iniciativas apresentam mérito e foram contempladas da melhor forma possível no substitutivo, com os devidos aperfeiçoamentos, adaptações e atualizações. O texto aprovado estabelece que os egressos dos cursos de medicina, biomedicina, ciências biológicas, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina veterinária, nutrição, odontologia, psicologia, serviço social e terapia ocupacional devem prestar serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS) para contar com o abatimento.

Por outro lado, os advogados e engenheiros devem estar a serviço do poder público, seja diretamente ou por contrato. No caso dos advogados, é necessário prestar atendimento jurídico a pessoas em situação de vulnerabilidade social e de hipossuficiência.

O Fundo de Financiamento Estudantil é responsável pelo pagamento das mensalidades de estudantes de graduação em instituições privadas de ensino superior desde sua criação em 1999. O beneficiário, no entanto, deve quitar a dívida após sua formatura.

É importante destacar que a Lei do Fies já prevê o abatimento mensal de 1% do saldo devedor consolidado, incluindo os juros, para professores graduados em licenciatura e formados em medicina que atuam em programas de saúde da família, nas Forças Armadas ou que tenham participado do atendimento pelo SUS durante a pandemia de Covid-19.

O projeto agora seguirá tramitação nas comissões de Finanças e Tributação, além da de Constituição e Justiça e de Cidadania. Cabe ressaltar também que a votação em caráter conclusivo só será válida se não houver divergências entre as comissões ou se houver recurso assinado por 52 deputados para a apreciação da matéria em plenário.

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