CALOTE ARRISCADO: Agências e o calote contra a imprensa

A imprensa é fundamental para o País. É a partir dela que o cidadão se mantém informado e a informação é um constitucional. Dar publicização aos seus movimentos é um dever do Estado. Isso tanto pode ser materializado em conteúdos jornalísticos de interesse da população quanto em peças publicitárias com o mesmo objetivo: utilidade pública.

Não é novidade que órgãos públicos precisam dessa proximidade com os veículos de comunicação. Essa troca é benéfica para ambos. O órgão público tem suas atividades divulgadas e a imprensa, empresa que também gera empregos, cumpre seu papel de informar. A divisão desses recursos, prevista no orçamento do ente público deve ser republicana, jamais exclusivista ou seletiva.
No entanto, nem tudo são flores. Aqui em Alagoas, o município de grande proporção, tem deixado de pagar aos órgãos de comunicação pelos serviços prestados de publicidade. O calote chega a superar três meses de inadimplência. O mais engraçado é que quando o secretário de comunicação é cobrado, ele explica que o dinheiro já foi repassado às agências de publicidade.

Entre a Prefeitura e os órgãos de imprensa existem as agências de publicidade. Elas elaboram os anúncios, os textos e repassam para os veículos de comunicação. O dinheiro também passa primeiro por elas, que fazem a triagem e mandam para os veículos de comunicação. Acontece que as agências contratadas por essa prefeitura estão utilizando essa verba em causa própria. Fazendo dinheiro com o dinheiro alheio. Aplicam os recursos recebidos, recebem os dividendos e retardam o quanto querem o pagamento aos veículos.
O pior de tudo que ainda mancha a imagem do cliente, no caso, a prefeitura desse tal município litorâneo. Mas a situação é mais grave do que parece. Foi apurado que essas agências aplicaram o dinheiro público e sequer podem mexer nele. Sim, deixaram de pagar os veículos de comunicação para brincarem de investidores da Faria Lima. É crime de apropriação.
Como não bastasse tamanho descaso, o secretário parece que não irá fazer nada perante à situação. Foi a falta de postura ética que levou empresas de comunicação a ficarem sem receber o que têm direito. Que o Ministério Público investigue tamanha insensatez! Que o jornalismo vença sempre…

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