Caçada por massacre: Suspeito, foragido, mantém cerco policial nos EUA enquanto debate sobre política de armas se intensifica.

A caçada ao suspeito responsável pelo massacre que matou 18 pessoas no Maine, nos Estados Unidos, continua. Nesta quinta-feira, 26, veículos blindados do FBI e policiais fortemente armados cercaram uma casa que pertence à família de Robert Card, enquanto helicópteros sobrevoavam o local. Apesar das intensas buscas, o suspeito continua foragido.

As autoridades policiais estão executando mandados de busca em Bowdoin, cidade vizinha a Lewiston, onde o suspeito possui parentes. No entanto, ainda não se sabe se ele está em algum desses endereços. A caçada já dura um dia inteiro e tem deixado milhares de pessoas em confinamento na região, com escolas e comércios fechados. Os moradores receberam orientações para permanecerem em suas casas, pois o suspeito é considerado extremamente perigoso e está fortemente armado.

Na noite de quarta-feira, 25, o atirador abriu fogo em uma pista de boliche onde ocorria um torneio infantil e, em seguida, em um bar. O saldo foi de 18 vítimas fatais e outras 13 pessoas feridas. A polícia identificou o suspeito como Robert Card, um instrutor de tiro de 40 anos que estava na Reserva do Exército e havia passado por treinamento no Maine.

Esse incidente se torna o 36º assassinato em massa nos Estados Unidos somente neste ano, de acordo com um banco de dados da Associated Press em parceria com o USA Today e a Northeastern University.

A discussão sobre a política de armas volta à tona diante dessa tragédia. No estado do Maine, não é obrigatória a licença para porte de armas, o que está relacionado à tradição local de caça e tiro esportivo. No entanto, em 2019, uma lei foi aprovada exigindo uma avaliação médica para pessoas consideradas perigosas antes da retirada de armas. Alguns críticos argumentam que essa é uma versão mais branda das regras já adotadas em outros estados.

Diante disso, o deputado Jared Golden, democrata de centro do Maine, mudou sua posição a favor da proibição das armas de assalto após o ataque. Golden é um veterano do Corpo de Fuzileiros Navais e chegou a romper com seu partido em votações anteriores sobre o assunto. No ano passado, ele foi um dos cinco democratas que votaram contra a tentativa de reviver uma antiga lei para proibir essas armas, esforço que foi barrado no Senado.

Em um ato de responsabilidade, Golden pediu “perdão” à população de Lewiston e às famílias das vítimas. No entanto, o tema das armas continua sendo algo que divide os Estados Unidos, como foi evidenciado em uma coletiva de imprensa após o massacre. Ao lado de Golden, a senadora Susan Collins, também do Maine, manteve-se contra a proibição das armas de assalto, justificando que “sempre há algo mais que possa ser feito”.

Enquanto as autoridades continuam em busca do suspeito, o debate sobre a política de armas permanece, aguardando ações e decisões que possam evitar tragédias como essa no futuro.

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