Brasileiros resgatados da Faixa de Gaza se adaptam à realidade no Brasil enquanto se preocupam com parentes na região do conflito.

Trinta e dois brasileiros resgatados da Faixa de Gaza estão se adaptando à realidade no Brasil após fugirem do conflito entre Israel e Hamas. A preocupação deles, no entanto, não está apenas em suas próprias vidas, mas também na situação de seus familiares que continuaram na região do conflito.

Hasan Rabee, um comerciante que vive em São Paulo desde 2014, acorda todas as manhãs ao som dos passarinhos e desfruta da alegria de viver em um país pacífico. Ele nunca havia retornado à Gaza desde que se mudou para o Brasil, mas acabou fazendo a viagem para visitar sua família, que logo foi interrompida pelo início do conflito. Sua preocupação agora está voltada para os familiares que permaneceram na região.

Outra brasileira resgatada, Shahed Al-Banna, foi para a Palestina para que sua mãe com câncer pudesse se despedir da família. Após o falecimento da mãe, ela planejava retornar ao Brasil, mas uma semana depois de completar 18 anos, a crise teve início, e ela se viu impossibilitada de sair do país. Agora, de volta ao Brasil ao lado da irmã, Shahed teme pela segurança dos que ficaram para trás.

Já Mahmoud Abuhaluoub viveu no Brasil entre 2012 e 2020, quando decidiu voltar à Palestina para ficar com a mãe, que infelizmente faleceu há cerca de 5 meses. Ele então decidiu retornar ao Brasil, mas seu plano foi frustrado devido ao bombardeio na região. De volta ao país, ele afirma ter reencontrado a paz, mas não totalmente.

Estes 32 brasileiros e palestinos chegaram ao Brasil na última segunda-feira, escapando do conflito entre Israel e Hamas. Agora, buscam reconstruir suas vidas e ajudar aqueles que ainda estão vivendo sob a ameaça constante do conflito na Faixa de Gaza. Suas experiências e preocupações destacam a necessidade de encontrar soluções duradouras para a paz na região e de acolher aqueles que fogem de conflitos em busca de paz e segurança. O Brasil tem sido um porto seguro para esses resgatados, mas a luta pela paz e pelo fim do sofrimento de seus familiares continua sendo uma prioridade em suas vidas.

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