Brasileira conta como reagiu ao ser escolhida para receber a vacina contra a Covid-19

Esperança. Este foi o sentimento que brotou no coração da brasileira Maria Lucia Possas, de 56 anos, ao receber o e-mail que a convidava para ser uma das primeiras pessoas no mundo a receber uma vacina registrada contra a Covid-19. Vivendo no Reino Unido há mais de 20 anos, ela foi escolhida por trabalhar em um hospital de Londres como coordenadora de portfólio de pesquisa (parte administrativa de pesquisas científicas) e por ser transplantada.

— Eu fiquei completamente eufórica com a ideia de voltar a ter alguma esperança de liberdade, de poder voltar a ver as pessoas que eu amo, de ir ver a minha família — conta Lucia, que passou a pandemia longe dos parentes, de amigos e de colegas de trabalho. — Este período impactou minha vida profundamente porque trouxe de volta, à flor da pele, toda aquela sensação de fragilidade de poder morrer a qualquer momento se eu pegasse a Covid-19. Tive que passar esse ano todo em casa me protegendo. É muito difícil lidar com a solidão e o isolamento.

Em 1996, Lucia recebeu o diagnóstico de rins policísticos, uma doença degenerativa que aos poucos vai comprometendo o funcionamento do órgão até o momento em que o transplante é necessário. Ela viu sua situação de saúde piorar em 2011 e fez a cirurgia que salvou a sua vida dois anos depois. A doadora do órgão foi Silvia Possas, sua irmã.

— Eu já estava doente, então, se acontecesse alguma coisa comigo não fazia muita diferença. Mas morria de medo que acontecesse algo com a minha irmã, porque ela tinha a saúde perfeita e estava se colocando em risco para me oferecer um rim — conta Lucia.

Com informações de Jornal Extra

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