A pesquisa analisou as taxas de 40 países, colocando a Rússia na terceira posição com juros reais de 5,87%, seguida pela Colômbia com 5,85% e Turquia com 5,65%. Segundo o economista da MoneYou, Jason Vieira, a aceleração do corte de juros no Brasil está travada pela questão fiscal, com o governo demonstrando insistência arrecadatória e ausência de sinalização de controle de gastos.
Vieira destacou que os índices de inflação, principalmente o IPCA, tem mostrado um peso significativo da inflação de alimentos, que pode continuar representando um desafio, assim como a inflação de combustíveis. Ele também ressaltou que a inflação nos Estados Unidos tem se mantido sob controle, apesar de alguns membros do Federal Reserve indicarem a possibilidade de queda de juros a partir de junho.
O economista apontou que o movimento global de aperto monetário por parte dos bancos centrais perdeu força, com a maioria dos países optando pela manutenção das taxas de juros. No ranking, 87,50% dos países mantiveram as taxas, enquanto 5% aumentaram e 7,50% reduziram.
A taxa real de juros é calculada levando em consideração a inflação projetada para os próximos 12 meses e a taxa de juros DI a mercado nos próximos 12 meses. Mesmo com a redução da Selic, o Brasil continua com uma das maiores taxas reais de juros do mundo, o que impacta diretamente na economia e nos investimentos no país.