Brasil mantém alta taxa de juros real mesmo após sexto corte consecutivo da Selic, aponta pesquisa do site MoneYou

O Brasil segue entre os países com as maiores taxas reais de juros, mesmo após o sexto corte consecutivo da Selic, que a reduziu de 11,25% para 10,75%. De acordo com um levantamento realizado pelo site MoneYou, os juros reais no país ficaram em 5,90% ao ano, atrás apenas do México, que lidera o ranking com 7,46%.

A pesquisa analisou as taxas de 40 países, colocando a Rússia na terceira posição com juros reais de 5,87%, seguida pela Colômbia com 5,85% e Turquia com 5,65%. Segundo o economista da MoneYou, Jason Vieira, a aceleração do corte de juros no Brasil está travada pela questão fiscal, com o governo demonstrando insistência arrecadatória e ausência de sinalização de controle de gastos.

Vieira destacou que os índices de inflação, principalmente o IPCA, tem mostrado um peso significativo da inflação de alimentos, que pode continuar representando um desafio, assim como a inflação de combustíveis. Ele também ressaltou que a inflação nos Estados Unidos tem se mantido sob controle, apesar de alguns membros do Federal Reserve indicarem a possibilidade de queda de juros a partir de junho.

O economista apontou que o movimento global de aperto monetário por parte dos bancos centrais perdeu força, com a maioria dos países optando pela manutenção das taxas de juros. No ranking, 87,50% dos países mantiveram as taxas, enquanto 5% aumentaram e 7,50% reduziram.

A taxa real de juros é calculada levando em consideração a inflação projetada para os próximos 12 meses e a taxa de juros DI a mercado nos próximos 12 meses. Mesmo com a redução da Selic, o Brasil continua com uma das maiores taxas reais de juros do mundo, o que impacta diretamente na economia e nos investimentos no país.

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