Até então, a renovação da habilitação de estabelecimentos brasileiros para exportação, assim como a aprovação de novas unidades de processamento, demandava auditorias presenciais por parte das autoridades egípcias. Este processo não apenas acarretava custos significativos para os exportadores brasileiros, mas também sobrecarregava os fiscais do Ministério da Agricultura e limitava o número de estabelecimentos autorizados a exportar para o Egito. A espera era tal que desde 2019, cerca de 30 estabelecimentos brasileiros estavam aguardando autorização.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, afirmou que o “pre-listing” reflete a alta confiança no controle sanitário brasileiro, em particular no Serviço de Inspeção Federal (SIF), cuja excelência é reconhecida por mais de 150 países importadores. Não é à toa que o Egito é um dos seis maiores importadores mundiais de carne bovina do Brasil e líder na importação de carne de aves brasileiras.
A importância do mercado egípcio para as exportações brasileiras é inegável. Em 2023, o Brasil exportou mais de US$ 1,7 bilhão em produtos para o Egito, dos quais US$ 384 milhões, equivalentes a 22%, foram em carnes, resultando em mais de 130 mil toneladas exportadas. O país é um dos principais mercados para alimentos brasileiros na região.
A expectativa é de que esse acordo traga grandes benefícios para a economia brasileira, abrindo novas oportunidades e facilitando as exportações de produtos de origem animal para o Egito. A medida deve promover um aumento significativo nas vendas e consolidar ainda mais a posição do Brasil como um dos principais fornecedores de carne para o mercado internacional.
