Enquanto isso, nos Estados Unidos, o Federal Reserve, banco central norte-americano, manteve os juros inalterados entre 5,25% e 5,5% ao ano.
Colômbia e Chile, países da América do Sul, ocupam a terceira e quarta posição no ranking, com taxas de juros reais de 5,07% e 3,81%, respectivamente. Em quinto lugar está a Indonésia, com uma taxa real de juro de 3,73%.
Jason Vieira, economista da MoneYou, ressaltou que o cenário para uma aceleração do corte dos juros no Brasil acaba sendo comprometido pela questão fiscal. Ele apontou que a insistência do governo em arrecadar e a ausência de controle de gastos estão em conflito com os últimos indicadores inflacionários, especialmente o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que teve uma melhora significativa nos núcleos, abrindo espaço para cortes mais intensos.
O economista também destacou que o movimento global de políticas de aperto monetário perdeu força, com a maioria dos bancos centrais optando pela manutenção das taxas. Segundo ele, entre os 176 países analisados, 81,82% mantiveram os juros, enquanto 8,52% elevaram e 9,66% cortaram.
Ao considerar apenas 40 países, 92,50% mantiveram as taxas, 5% elevaram e 2,50% cortaram. O ranking dos juros reais ficou assim:
– México: 6,58%
– Brasil: 6,11%
– Colômbia: 5,07%
– Chile: 3,87%
– Indonésia: 3,73%
– Hungria: 3,50%
– República Tcheca: 3,08%
– Rússia: 2,94%
– Hong Kong: 2,58%
– África do Sul: 2,50%
Cabe ressaltar que tais dados foram divulgados pelo MoneYou, segundo cálculos do site baseados na projeção de inflação para os próximos 12 meses e na taxa de juros DI a mercado para o mesmo período. No entanto, mesmo diante das declarações do governo sobre a questão fiscal, o cenário de inflação mais baixa e o panorama externo positivo contribuíram para o fechamento das taxas mais curtas, de acordo com o economista.