Bolsonaro também aproveitou a ocasião para criticar o aumento no número de ministérios durante a gestão petista. Ele se referiu à criação do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, afirmando que o governo de Lula continua jogando no lixo tudo que o país precisa para prosperar economicamente.
Com a abertura da nova pasta, o governo Lula chegou a ter 38 ministérios, o maior número entre os três mandatos do ex-presidente e inferior apenas ao segundo mandato de Dilma Rousseff, que teve 39 ministérios.
É importante ressaltar que as críticas de Bolsonaro ocorrem em meio à investigação do caso das joias. Ele e pessoas próximas estão sendo investigados por suspeita de articulação de um esquema internacional de venda de joias recebidas durante agendas oficiais e que seriam propriedade da União. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, deixou a prisão no último sábado após fechar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
No entanto, Bolsonaro não comentou o caso em suas redes sociais. Além disso, o ex-presidente aproveitou para mencionar a dança das cadeiras na Esplanada dos Ministérios durante o governo Lula. Márcio França foi retirado do Ministério de Portos e Aeroportos para dar lugar ao deputado Silvio Costa Filho, o que gerou uma crise com o PSB.
Houve também a mudança de Ana Moser no Ministério do Esporte, que foi dado ao deputado André Fufuca, aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira. O nome da ex-ministra foi ignorado no anúncio da reforma ministerial.
Bolsonaro ainda relembrou os cortes que fez no número de ministérios quando assumiu a presidência em 2019, reduzindo para 23. Ele criticou Lula por ter criado mais ministérios, chegando agora a um total de 39, para manter sua posição.
Ao assumir a presidência, Lula recriou ministérios que haviam sido extintos na gestão de Bolsonaro, como Igualdade Racial, Cidades, Desenvolvimento Social, Planejamento e Gestão e Indústria e Comércio. Além disso, ele montou novas pastas, como o Ministério dos Povos Originários.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência para obter um posicionamento sobre as declarações de Bolsonaro, mas a secretaria preferiu não comentar o episódio.
