Com um tom emotivo, o ex-presidente enfatizou a importância da participação popular neste ato e anunciou que pretende se defender das acusações que tem enfrentado. A convocação já gerou reações divergentes no espectro político brasileiro. Apoiadores de Bolsonaro manifestaram entusiasmo e pretendem organizar caravanas de várias partes do Brasil para garantir presença no evento. Já os críticos do ex-presidente expressaram preocupação com a mobilização, temendo que o ato possa incitar divisões e confrontos.
Especialistas em segurança pública já começaram a discutir os preparativos para o dia, antecipando a necessidade de um esquema reforçado de segurança para acomodar uma grande concentração de pessoas e evitar incidentes. A Polícia Militar de São Paulo confirmou que está ciente do evento e que tomará todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos participantes e dos transeuntes.
A manifestação na Avenida Paulista ocorre em um momento de intensas discussões políticas no Brasil e é vista por muitos como um termômetro do apoio popular ao ex-presidente e suas políticas, além de ser um indicativo das tensões políticas atuais. Analistas políticos destacam que a convocação de Bolsonaro pode ter significativas implicações para o cenário político brasileiro, reforçando a mobilização de suas bases em um momento em que o país se encontra dividido.
Bolsonaro foi um dos alvos da operação Tempus Veritatis na última semana e precisou entregar seu passaporte às autoridades. A PF apura a participação do ex-presidente em uma articulação para dar um golpe de Estado, impedindo as eleições de 2022 ou a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A revelação de uma reunião em que o ex-presidente fala em “reagir” antes das eleições e as conversas de aliados sobre uma possibilidade de ruptura aproximaram as investigações do ex-chefe do Executivo.
No vídeo, Bolsonaro argumenta que o ato será “pacífico” e pede que seus apoiadores evitem levar faixas “contra quem quer que seja”. “Eu peço a todos vocês que compareçam trajando verde e amarelo e, mais que isso: não compareçam com qualquer faixa e cartaz contra quem quer que seja”, diz Bolsonaro na publicação.