Fundado em 1997, o grupo representa a união entre músicos pernambucanos e cariocas em meio a um movimento de retomada e renovação do carnaval de rua na cidade do Rio de Janeiro. Além das atividades durante o período de carnaval, o bloco realiza shows, oficinas e cortejos ao longo de todo o ano. Uma das integrantes, Vitória Arica, explicou que a preparação para o carnaval começa desde setembro e que ela faz parte das Catirinas, responsáveis por proteger a Corte e fazer saudações durante o cortejo do bloco.
O Maracatu é uma manifestação folclórica fortemente ligada ao povo afro-brasileiro, com representações profanas e ligadas às religiões de matriz africana, como o candomblé. O bloco Rio Maracatu, que completou 27 anos em 2024 e tem uma ligação forte com o maracatu do baque virado, mantém um intercâmbio constante com mestres e nações de Recife, de onde a manifestação se originou.
O bloco teve como grande destaque no desfile o Décio Vicente atuando como rei, e a rainha, ambos pessoas negras, o que fortaleceu a ligação do bloco com as nações do Maracatu de Recife. Pedro Prata, diretor do bloco, expressou sua satisfação com o crescimento do bloco e a chegada de novos integrantes após o período de pandemia.
Com uma mistura da cultura de Pernambuco e do jeitinho carioca, o Rio Maracatu tem conquistado cada vez mais espaço e público, mostrando que a tradição do nordeste tem lugar garantido nas festividades de carnaval do Rio de Janeiro.