Segundo a Neotrust, empresa responsável por monitorar 2,5 mil varejistas, o comércio digital obteve uma redução de 14,4% nos ganhos durante a Black Friday, totalizando um faturamento de R$ 4,9 bilhões. Além disso, o número de pedidos também apresentou uma queda de 15,8%, totalizando 7,6 milhões. Esses resultados contrariam as projeções que apontavam para um aumento no faturamento em comparação com o ano de 2022, no qual a própria Neotrust esperava um crescimento de 12% na data.
O relatório do Itaú BBA revelou que empresas como MercadoLivre, Amazon, Shein e Shopee se destacaram no tráfego de aplicativos e sites nos vinte dias que antecederam a Black Friday. Em contrapartida, Americanas, Carrefour Brasil e Petz tiveram declínio na participação de usuários ativos diariamente. Conforme a análise do banco, as promoções da Black Friday se estenderam ao longo do mês, o que torna necessária uma análise dos próximos dias para determinar o sucesso da data.
A categoria de eletrodomésticos foi a líder em pedidos e faturamento, representando 20,7% dos ganhos totais e 501 mil pedidos, de acordo com a Neotrust. Consumidores entre 36 e 50 anos foram os que mais realizaram compras, utilizando predominantemente o cartão de crédito como método de pagamento.
Por outro lado, um levantamento do Google revelou que produtos como iPhone, Air Fryer, Playstation e geladeira foram os mais buscados no Google Shopping, enquanto itens para combater o calor, como ar condicionado, ventilador e ar condicionado inverter, também figuraram entre os mais procurados.
Apesar das vendas mais fracas, um número chamou atenção: o de reclamações. O Reclame Aqui registrou o maior volume de queixas desde a estreia da Black Friday no Brasil, totalizando 12,1 mil reclamações. A empresa aponta que a alta foi motivada pela grande incidência de golpes durante a data.
Diante desses resultados preliminares, a expectativa é que a Black Friday de 2023 leve o comércio eletrônico a repensar suas estratégias de vendas e segurança para as próximas edições.