Biden pede a Netanyahu que interrompa operação em Rafah até garantir segurança a refugiados em Gaza, afirma a Casa Branca.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou em um comunicado à imprensa que conversou por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, neste domingo, 11. Durante a ligação, Biden expressou a opinião de que uma operação militar de Israel em Rafah, sul da Faixa de Gaza, não deveria prosseguir sem um plano “crível e executável” para garantir a segurança de mais de 500 mil pessoas refugiadas na região.

Segundo a Casa Branca, o telefonema entre Biden e Netanyahu é o primeiro após o presidente americano ter criticado a ação de Israel em Gaza como “exagerada” na última semana. Além disso, Biden reafirmou o compromisso comum entre os Estados Unidos e Israel em derrotar o grupo terrorista Hamas e garantir a segurança a longo prazo a Israel e à população israelense.

Durante a conversa, o presidente dos EUA também enfatizou a necessidade de capitalizar os progressos realizados nas negociações para garantir a libertação de todos os reféns detidos pelo Hamas. Além disso, pediu a Netanyahu medidas urgentes e específicas para ampliar a assistência humanitária a civis palestinos.

O apelo de Biden acontece após ataques aéreos israelenses à cidade de Rafah, que resultaram na morte de pelo menos 44 palestinos durante o último fim de semana. A ofensiva de Israel teve início depois de Netanyahu ter ordenado o planejamento da evacuação de centenas de milhares de pessoas da região.

Vale ressaltar que líderes internacionais, incluindo o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, criticaram a ofensiva de Israel sobre Rafah, expressando preocupação de que as ações possam desencadear a propagação do conflito no Oriente Médio. O Egito ameaça suspender o tratado de paz com Israel caso as tropas israelenses sejam enviadas para a cidade de Rafah, temendo o fechamento da rota de ajuda humanitária.

Por sua vez, Netanyahu afirmou em entrevista à Fox News Sunday que há espaço ao norte de Rafah para os refugiados irem, e que Israel direcionaria os evacuados com folhetos e corredores seguros. No entanto, um integrante do Hamas advertiu que qualquer invasão em Rafah “explodiria” as negociações em andamento visando alcançar um cessar-fogo e a libertação de reféns israelenses.

A situação em Rafah permanece tensa e incerta, com a comunidade internacional observando de perto e pressionando por medidas que garantam a segurança e assistência humanitária à população local. A relação entre Estados Unidos, Israel e Palestina continua sendo um ponto crucial na busca por soluções pacíficas e duradouras para o conflito na região.

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