Bélgica descarta vínculo entre homem procurado e atentado em Paris

Homem era procurado na Bélgica por caso de tráfico de drogas e chegou a ser apontado como possível segundo suspeito do ataque. Atirador e policial morreram nesta quinta (20).

A Procuradoria federal belga excluiu nesta sexta-feira (21) qualquer ligação entre um homem procurado no país e o ataque na avenida Champs-Élysées, em Paris. Ele chegou a ser apontado como um possível segundo suspeito do atentado desta quinta (20), em que morreram o atirador e um policial. Uma reivindicação do Estado Islâmico relaciona o autor do ataque com a Bélgica.

Segundo o G1, o homem assinalado às autoridades francesas, com domicílio em Antuérpia (norte da Bélgica), estava sendo procurado pela justiça belga “por um caso de tráfico de drogas”, explicou à AFP um porta-voz da Procuradoria. “Sua casa foi revistada, mas o homem não estava no local. Em seu computador, os investigadores descobriram que o mesmo realizou buscas para viajar para Paris no Thalys [trem de alta velocidade]”, indicou.

Depois disso, as autoridades belgas “avisaram seus colegas franceses sobre este homem, envolvido em um caso de tráfico de drogas”, informou a fonte.

Mas o indivíduo, ao ver sua identidade circular na quinta à noite nas redes sociais, relacionado-o ao ataque em Paris, decidiu comparecer a uma delegacia de polícia belga. Ele apresentou um álibi considerado confiável. “Estava no trabalho”, explicou o porta-voz. “Excluímos qualquer ligação” com o ataque ao Champs-Élysées, cujo autor foi morto pela polícia, acrescentou.

Estado Islâmico

De acordo com uma fonte francesa próxima à investigação do ataque em Paris, o homem apontado pela Bélgica, de 35 anos, foi apresentado como “muito perigoso”. As autoridades belgas encontraram uma passagem de trem para a França com a data de 20 de abril, armas e máscaras de esqui, de acordo com a mesma fonte.

Os investigadores franceses continuam a questionar a reivindicação do ataque pelo grupo Estado Islâmico (EI), que alegou ter sido cometido por um “Abu Yusef, o belga”, enquanto o atacante morto era francês.

Há “duas hipóteses”, segundo o porta-voz belga. Ou “existe em algum lugar algum Abu Yusef al Belgiki (o belga) – e nós tentamos identificá-lo – ou o EI se aproveitou do fato de que este belga estava na mídia para reivindicar o ataque”, citando seu nome, acrescentou.

21/04/2017

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