Bandidos invadem escola, assaltam e agridem professora

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Pelo menos quatro bandidos armados invadiram um colégio na Zona Norte do Rio, na noite desta segunda-feira, assaltaram alunos e agrediram uma professora. O caso ocorreu na Escola municipal João Kopke, na Rua Souza Cerqueira, na Piedade. Segundo informações do 3º BPM (Méier), o bando chegou ao local por volta das 21h, rendeu alunos e professores roubando pertences, entre eles telefones celulares e dinheiro. Vítimas contaram aos PMs que os criminosos se mostravam agressivos e ameaçavam atirar a todo o momento. Uma professora foi agredida.

Os bandidos fugiram em dois carros roubados de funcionários. PMs fizeram buscas a eles, mas não conseguiram localizá-los. Um dos veículos levados do local foi localizado no Complexo do Alemão, na manhã desta terça. Uma equipe da 24ª DP (Piedade), que investiga o assalto, seguiu para o local.

As vítimas já foram ouvidas na delegacia. Uma outra diretora da escola esteve na 24ª DP na manhã desta terça e revelou que objetos do colégio também foram levados. Ela não soube especificar o que exatamente.

Clima de medo

Na manhã desta terça, as aulas ocorrem normalmente na escola, segundo um funcionário informou ao EXTRA. Ele contou que, durante a noite a escola é usada pela Secretaria estadual de Educação.

– É um uso compartilhado do edifício. Por isso até não tenho mais informações – disse ele, que não se identificou.
Moradores se queixaram que a região tem sido alvo de constantes assaltos. Cartazes colados em postes perto da escola alertam para o perigo.

– Eu vinha da academia e como sei que está muito perigoso, fiz um desvio. Quando cheguei perto da escola, encontrei as pessoas saindo, todos muito nervosos. Aí falaram sobre o assalto, da diretora agredida – contou uma jovem.

Outra moradora classificou como uma “ousadia” a ação criminosa:

– É um abuso. Isso eu nunca tinha visto. Estou apavorada.

O assalto à escola repercutiu nas redes sociais. Em perfis no Facebook, moradores da Piedade se mostraram chocados com o ocorrido. “Vejam, nem dá para ser bom dia… professora espancada por marginal dentro de escola em Piedade!!! Por assalto levaram telefones dos alunos! Dinheiro, carros! Em que situação estamos???” e “Triste com a notícia de que a escola João Kopke em Piedade, foi assaltada ontem, tanto os alunos quanto professores. Rio de Janeiro, jogado às traças!!!” foram alguns dos comentários.

Policiamento reforçado

O EXTRA procurou as assessorias de imprensa das Secretarias municipal e estadual de Educação para obter um posicionamento da Pasta sobre o ocorrido. A assessoria de impresa da Polícia Civil também foi contatada para comentar o andamento das investigações.

A Secretaria municipal de Educação informou que “o caso ocorreu no período da noite, quando no local funciona o Colégio Estadual João Kopke, de responsabilidade da Secretaria de Educação do Estado. Na manhã desta terça-feira, a Escola Municipal João Kopke funciona normalmente”.

Já a Secretaria Estadual de Educação informou que pediu a Polícia Militar o reformço do policiamento na escola: “A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) encaminhará ainda hoje à Polícia Militar solicitação de reforço do policiamento no local. A Seeduc também irá requerer à Polícia Civil uma investigação sobre o episódio”.

A Polícia Civil informou que agentes fazem diligências para identificar os autores do crime: “Segundo informações da 24ª Delegacia de Polícia – Piedade, um procedimento foi instaurado para apurar um assalto ocorrido na noite de ontem, 13 de junho, na Escola Municipal João Kopke, em Piedade. Homens armados entraram no estabelecimento e roubaram aparelhos celulares e objetos pessoais de alunos e de professores, além de agredirem uma das professoras e roubarem dois carros. Diligências estão em andamento para apurar as circunstâncias do crime e identificar os seus autores”.

Há três anos, diretora foi agredida a socos por aluno

Em 2013, uma diretora da Escola João Kopke foi agredida a socos por um aluno que, à época, tinha 15 anos. Leila Soares publicou uma carta aberta numa rede social. “Sofremos nós, nossos parentes, nossos amigos, nossos companheiros. Sofre uma sociedade inteira que vive temerosa porque não temos quem nos proteja. O agressor sai de cabeça erguida, olhando para trás e rindo. Não só do agredido, mas de cada um de nós”, escreveu, num dos trechos da carta.
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