De acordo com a nova regra, as reservas dos bancos não poderão exceder o menor valor registrado entre 12 de outubro e 6 de dezembro. Isso forçará as instituições a se desfazerem dos dólares que possuem em suas carteiras, aumentando a oferta no mercado oficial de câmbio e ajudando o Banco Central a sustentar o peso em meio às expectativas de desvalorização.
Os investidores já precificam uma queda de 27% no peso na segunda-feira e preveem uma desvalorização de 44% no futuro sob a presidência de Milei. A incerteza em relação ao futuro da moeda argentina tem gerado preocupação entre a população e os agentes econômicos, que temem os impactos dessa possível desvalorização.
A equipe do presidente eleito não quis comentar a medida adotada pelo Banco Central, mas já sinalizou que não pretende suspender imediatamente os controles cambiais. Apesar disso, o nível atual do peso argentino é considerado insustentável, o que sinaliza que medidas mais drásticas poderão ser adotadas no futuro.
Essa decisão do banco central argentino reflete a tensão e a instabilidade que o país enfrenta diante do cenário econômico desafiador. A iminente mudança de governo e as incertezas em relação à política econômica de Milei têm impactado diretamente o mercado financeiro e a população, que aguarda por definições e ações concretas para atenuar a crise.
Dessa forma, a Argentina se vê diante de um cenário complexo e desafiador, no qual as autoridades terão que tomar decisões difíceis e implementar medidas impopulares para restaurar a confiança no país e promover a estabilidade econômica. A limitação das reservas de moeda estrangeira dos bancos comerciais é apenas o reflexo dessa realidade, que exigirá soluções urgentes e eficazes por parte das novas autoridades.