Banco Central argentino anuncia emissão de novas cédulas de 10 e 20 mil pesos após inflação de 211% em 2023.

No mesmo dia em que a inflação de 211% em 2023 foi anunciada, o Banco Central argentino (BCRA) divulgou que estará em circulação notas de 10 mil e 20 mil pesos ao longo deste ano. O comunicado distribuído pelo banco destacou que a emissão dessas denominações facilitará as transações entre os usuários, tornará a logística do sistema financeiro mais eficiente e reduzirá os custos de aquisição de cédulas prontas.

De acordo com o banco, as imagens das novas cédulas não serão distribuídas. “Eles estão trabalhando”, disse o banco dirigido por Santiago Bausili. Para economizar custos e encurtar os tempos de produção, a diretoria decidiu usar os desenhos existentes pertencentes à família ‘Heroínas e Heróis da Pátria’ para as novas cédulas.

A cédula de 10.000 pesos terá as imagens de Manuel Belgrano, criador da bandeira Argentina, e María Remedios del Valle, heroína da Guerra da Independência, no anverso. No verso, o motivo é uma recriação artística da cena do Juramento da Bandeira em 27 de fevereiro de 1812.

Já a cédula de 20 mil pesos terá Juan Bautista Alberdi, a inspiração por trás da Constituição Nacional de 1853, cujo retrato estará no anverso. A ilustração central no verso será uma recriação do local de nascimento do advogado, diplomata, economista, escritor, filósofo, jornalista e político, de acordo com o BCRA.

O banco central estima que as novas cédulas estejam disponíveis ao público em junho. A cédula de maior valor nominal é a de 2 mil pesos, lançada em fevereiro do ano passado e colocada em circulação em maio. Com a inflação em alta, durante os três meses que levou para entrar em circulação, perdeu 21% de seu poder de compra.

Ainda no mesmo dia do anúncio das novas cédulas, foi divulgado que a Argentina chegou a um acordo com o FMI para desbloquear US$ 4,7 bilhões, aliviando um pouco das tensões financeiras que o país vinha enfrentando. Porém, a situação econômica da Argentina ainda é desafiadora, com a inflação em níveis altíssimos e investidores buscando ressarcimento de bilhões de dólares. Além disso, o futuro do Banco Central argentino é incerto, com o candidato Milei prometendo fechá-lo “mais cedo ou mais tarde” e confrontando medidas judiciais contra reformas trabalhistas do governo.

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