A pressão internacional sobre Israel foi creditada como o fator decisivo para que essa autorização fosse concedida. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, ligou para autoridades israelenses cobrando a entrada do combustível em Gaza, alegando a iminência de uma “catástrofe humanitária”. Poucas horas depois, autoridades confirmaram a chegada do combustível, trazendo alívio para os moradores de Gaza.
O envio de combustível é crucial para a manutenção dos sistemas de telecomunicações dentro de Gaza. Sem um suprimento externo de energia, a empresa responsável por serviços como a rede de telefonia celular dizia não ser capaz de manter os equipamentos funcionando. Desde a noite de quinta-feira, o território enfrentava um apagão de comunicações, o quarto em pouco mais de um mês. Com o suprimento de combustível, espera-se que as operações de telecomunicações em Gaza voltem ao normal em breve.
Embora a chegada do combustível seja uma boa notícia, a situação ainda é precária. Segundo a agência da ONU que opera em Gaza, são necessários 160 mil litros diários de combustível para atender a todas as necessidades básicas da população local. Portanto, a chegada dos 70 mil litros diários é um avanço, mas ainda não é o suficiente para atender completamente às necessidades da população local.
O governo israelense vinha relutando em permitir a passagem dos caminhões-tanque para Gaza, alegando que o combustível seria desviado para o Hamas e usado em ataques contra alvos israelenses. No entanto, a pressão internacional, em especial dos Estados Unidos, foi um fator determinante para que Israel permitisse a entrada do combustível em Gaza.
Para a população de Gaza, a entrada do combustível representa a possibilidade de que serviços essenciais como abastecimento de água, tratamento de esgoto e serviços de telecomunicações sejam retomados. Apesar de ser um alívio temporário, a escassez de combustível continua sendo uma ameaça iminente para a estabilidade e a vida cotidiana em Gaza. A chegada do suprimento inicial pode ser um avanço, mas ainda há muito trabalho a ser feito para garantir que as necessidades básicas da população sejam atendidas de maneira adequada.