De acordo com um comunicado da China à OMS, não foram detectados patógenos novos ou incomuns, mas houve um aumento nas consultas ambulatoriais e nas hospitalizações de crianças devido a Mycoplasma pneumoniae, VSR, adenovírus e gripe. A proximidade do inverno já era esperada como um momento de aumento de doenças respiratórias, mas a falta de imunização infantil associada tanto ao abandono das restrições quanto ao longo confinamento enfrentado pelo país também são apontados como fatores contribuintes para o aumento das infecções.
Especialistas afirmam que até o momento não há motivo para suspeitar de um novo patógeno, e que as poucas infecções relatadas em adultos sugerem imunidade decorrente de exposição anterior. A falta de exposição habitual a patógenos comuns também é citada como uma possível causa para o aumento das doenças respiratórias em crianças na China.
A OMS recomenda medidas gerais para reduzir o risco de doenças respiratórias, como vacinação, distanciamento social, isolamento em caso de sintomas, uso de máscaras e realização de testes de rastreamento. No entanto, com base nas informações disponíveis, a organização não recomenda medidas específicas para viajantes que vão para a China, nem restrições às viagens ou ao comércio.
A situação ainda é incerta, e a OMS pediu mais informações sobre o aumento das infecções respiratórias em crianças na China. Enquanto isso, as autoridades chinesas continuam monitorando a situação e reforçando a vigilância de diversas doenças respiratórias. A incerteza e a falta de dados detalhados tornam difícil uma avaliação completa do risco global desses casos, mas a chegada do inverno era esperada como momento de aumento de doenças respiratórias.