Audiência pública discute despejo de 50 famílias do Conjunto Cidade Sorriso 2 no bairro do Benedito Bentes em Maceió.

Na tarde desta terça-feira, 19, a Câmara Municipal de Maceió foi palco de uma audiência pública para discutir o despejo iminente de 50 famílias do Conjunto Cidade Sorriso 2, localizado no bairro do Benedito Bentes. A iniciativa da audiência partiu do vereador Samyr Malta, que se sensibilizou com a situação dos moradores e decidiu levar o assunto para debate no plenário Silvânio Barbosa.

Durante a audiência, a presidente do Movimento Nacional de Moradias em Alagoas, Maria José Alves Silva, fez um apelo dramático em nome das famílias afetadas. Ela destacou o caos habitacional que assola Maceió, afirmando que a cidade enfrenta uma crise sem precedentes, com cinco bairros em situação de risco por conta de problemas de moradia. “Nós repudiamos essa ação. Não dá mais para viver nesse caos de moradia. Maceió tem vivido essa dificuldade em moradias com 5 bairros afundando”, desabafou a líder comunitária.

Por sua vez, o vereador Samyr Malta enfatizou a importância de encontrar uma solução que concilie os interesses das famílias que residem no local há 15 anos e da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal). “A audiência pública serve para chamar a atenção para que o poder público no que tange esse problema. A decisão cabe recurso e é importante que os moradores que tiram seu sustento de lá e que não atrapalham o trabalho da Casal não sejam despejados”, pontuou Malta.

Além disso, Malta destacou a ausência das empresas responsáveis pelo terreno, Casal e BRK, que foram convidadas para participar da audiência. “Infelizmente convidamos as empresas responsáveis pelo terreno, mas elas não estiveram presentes. Vamos lutar para que esse caso tenha um desfecho favorável para as duas partes”, finalizou.

A audiência pública evidenciou a relevância do debate em torno da questão habitacional em Maceió e a necessidade de encontrar soluções que garantam moradia digna para a população, sem negligenciar os interesses das empresas e órgãos responsáveis. O desfecho do caso das 50 famílias do Conjunto Cidade Sorriso 2 permanece incerto, mas a mobilização e a pressão popular certamente terão papel fundamental na busca por uma solução justa e equilibrada.

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