Atos pró-democracia em 22 cidades do Brasil e Lisboa reúnem manifestantes com pautas diversas, incluindo críticas ao governo Bolsonaro.

No último sábado, movimentos de esquerda e partidos políticos se mobilizaram em pelo menos 22 cidades do Brasil e Lisboa em atos pró-democracia. Essa manifestação ocorreu um mês após o ex-presidente Jair Bolsonaro reunir seus apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo.

Durante o protesto, liderado por Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares, foram entoadas palavras de ordem como “Ditadura nunca mais” e “Sem anistia”. No entanto, o mote “Bolsonaro na cadeia” não era encorajado pela organização oficial do ato, pois poderia dar margem à interpretação de que estariam defendendo a prisão do ex-presidente sem direito à defesa adequado.

Apesar disso, durante o ato em São Paulo, um grupo de estudantes entoava: “Eu não abro mão do Bolsonaro na prisão”, demonstrando o sentimento de parte dos manifestantes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não marcou presença nos eventos, mesmo tendo cancelado atos do governo em memória das vítimas do golpe militar.

Raimundo Bonfim explicou que a escolha do Largo de São Francisco para o protesto se deu pela importância histórica da Faculdade de Direito da USP na luta contra a ditadura. Ele enfatizou que os atos foram convocados pelos movimentos populares de forma autônoma, sem interferência do governo.

O líder comunitário destacou ainda que o ato não tinha o objetivo de mobilizar tantas pessoas quanto o ato promovido por Bolsonaro na Avenida Paulista em fevereiro, principalmente devido às condições climáticas desfavoráveis. Ressaltou que a manifestação já estava sendo planejada em comemoração aos 60 anos do golpe militar, antes mesmo do evento convocado pelo ex-presidente.

Para ele, as tentativas de comparação entre os dois atos são inadequadas, pois o desespero estaria do lado do fascismo e da extrema direita, especialmente após as recentes investigações contra Bolsonaro sobre falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19. O ato foi realizado de forma pacífica e também contou com críticas à ação militar israelense em Gaza, mostrando a diversidade de questões abordadas durante a manifestação.

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