Atos golpistas de 8 de janeiro provocam mudanças significativas no sistema de segurança das sedes dos Três Poderes

Os atos golpistas de 8 de janeiro provocaram mudanças significativas no dia a dia das sedes dos três Poderes. Há um ano, manifestantes depredaram as instalações dos prédios públicos, o que resultou em alterações de procedimentos de segurança na entrada e saída dos prédios, no protocolo de visitação, remodelação do sistema de inteligência e compra de equipamento blindado, como vidros reforçados para proteger servidores e autoridades, além de armamento não letal.

No Palácio do Planalto, todo o sistema de segurança presidencial foi reestruturado. Houve aumento do efetivo de agentes, com reforço das tropas do Comando Militar do Planalto. A discussão sobre o preparo das tropas no Palácio foi um dos principais temas nos meses seguintes aos atos.

Nas vésperas do ato, o governo federal acionou o chamado Plano Escudo para conter os manifestantes. No entanto, o planejamento não conseguiu lidar com a grande quantidade de manifestantes. Segundo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), um novo protocolo foi criado para lidar com manifestações.

Na Presidência, danos causados a elevadores e à parte elétrica foram consertados. Além disso, está prevista a instalação de vidros blindados e portas e portões com elevada resistência a vandalismo, novas barricadas e cercas serão posicionadas estrategicamente para evitar a invasão de manifestantes.

No Congresso Nacional, o Senado e a Câmara dos Deputados também adotaram medidas que mudaram o cotidiano do prédio. Todos os funcionários e visitantes são obrigados a passar por uma inspeção de segurança para acessar os edifícios do Legislativo. Além disso, visitas turísticas foram retomadas, mas agora a identificação com documento oficial com foto é obrigatória.

No Supremo Tribunal Federal, não houve mudança no procedimento de entrada, mas o tribunal passou por um processo de ampliação do efetivo de segurança, independentemente da invasão do 8 de janeiro.

O governo adotou medidas para reformular o sistema de inteligência, incluindo a criação de um novo marco legal para a Agência Brasileira de Inteligência. A Abin deixou de responder ao Gabinete de Segurança Institucional e passou a fazer parte da estrutura da Casa Civil. Além disso, o governo federal criou duas novas áreas dentro da agência para enfrentar o extremismo violento e o terrorismo no Brasil.

No âmbito do GSI, foi criada uma Coordenadoria de Análise de Risco e Apoio Policial para trabalhar com os órgãos de inteligência federais. Com a implementação de todos esses aperfeiçoamentos, o Sistema de Segurança Presidencial incrementou a sua capacidade de reagir oportunamente contra a ação de manifestantes hostis e outras ameaças. As mudanças e aprimoramentos estão em curso para garantir uma atuação mais eficiente nos diversos cenários de crise.

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