Os investigadores classificaram a causa da morte como “natural” e afirmaram que o ator faleceu “pacificamente durante o sono”, aos 76 anos de idade. A aterosclerose, embora progrida de forma silenciosa, é responsável pelo desenvolvimento de doenças como infarto e AVC, que ceifam a vida de aproximadamente 200 mil pessoas anualmente somente no Brasil.
A condição, de acordo com especialistas, é problemática principalmente pelo fato de muitas vezes apresentar sintomas somente quando já se encontra em estágio avançado, necessitando de ação emergencial. A inflamação dos vasos sanguíneos devido ao acúmulo de gordura, estima-se que os primeiros sinais manifestam-se quando 75% da artéria já está comprometida.
Os sintomas da aterosclerose variam de acordo com a localização do acúmulo. No caso das artérias do coração, pode causar dores no peito, falta de ar, suor excessivo e, como resultado, infarto. Já no cérebro, pode levar a desmaios, paralisias temporárias, distúrbios visuais e até mesmo AVC. Nos membros inferiores, a obstrução pode resultar em dor, lesões na pele e dificuldade para realizar atividades como correr ou levantar peso.
Em grande parte dos casos, a aterosclerose está relacionada a fatores de risco como sedentarismo, dieta inadequada, pressão alta, diabetes, colesterol elevado, tabagismo e obesidade. Uma pequena parcela dos casos tem causa hereditária, como no caso da hipercolesterolemia familiar, em que membros de uma mesma família apresentam altos níveis de colesterol desde a infância.
A prevenção da doença envolve a manutenção de uma rotina de exercícios físicos, alimentação equilibrada e controle de fatores de risco como obesidade, diabetes, hipertensão e colesterol. O tratamento, por sua vez, geralmente concentra-se em restabelecer o fluxo sanguíneo na área afetada, muitas vezes necessitando de intervenções medicamentosas, procedimentos invasivos ou cirurgias de revascularização.
A morte de Carl Weathers é um lembrete da importância da conscientização e cuidado em relação à aterosclerose e seus fatores de risco. Ao adotar um estilo de vida saudável e procurar acompanhamento médico regular, é possível reduzir as chances de desenvolver essa condição grave.