Além disso, os ataques israelenses que começaram no sábado seguiam acontecendo na cidade de Khan Yunis, em Gaza, próxima ao maior hospital do território. Segundo autoridades de saúde, o local encontrava-se sem eletricidade e com suprimentos escassos, o que deixou milhares de médicos, pacientes e pessoas deslocadas presos. Moradores relataram intensos ataques aéreos e bombardeios ao redor do Hospital Shifa e em várias casas próximas, resultando na morte de três pessoas, incluindo um médico.
Apesar da alegação do exército israelense de que havia um corredor seguro para a evacuação de civis de Shifa para o sul de Gaza, as pessoas abrigadas no hospital manifestaram receio de sair. O Ministério da Saúde informou que ainda havia 1,5 mil pacientes no hospital, juntamente com 1,5 mil profissionais médicos, além de entre 15 mil e 20 mil pessoas em busca de abrigo.
Enquanto isso, outro hospital na cidade de Gaza, Al-Quds, deixou de operar devido à falta de energia, de acordo com o serviço de resgate Palestinian Red Crescent. O Hamas negou as acusações de que estaria escondendo um posto de comando dentro do complexo hospitalar.
No sábado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeitou os apelos internacionais por um cessar-fogo, afirmando que Israel estava trazendo sua “força total” para a batalha. Ele condicionou a possibilidade de cessar-fogo à libertação de todos os quase 240 reféns capturados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro que desencadeou a guerra. Na ocasião, o exército israelense também anunciou que os ataques continuarão até que os objetivos sejam atingidos.
A situação, portanto, permanece tensa e preocupante na região, com a escalada do conflito entre Israel e grupos militantes palestinos em Gaza. A comunidade internacional segue atenta e buscando maneiras de intermediar um cessar-fogo, enquanto a população civil sofre as duras consequências dos confrontos.