O jornal “Times of Israel” também relatou o ataque à casa dos parentes de Deif. Segundo a publicação, que cita meios de comunicação hebreus, a residência alvo do bombardeio fica no bairro de Qizan an Najjar. O texto destaca que o irmão, o filho e uma neta do líder terrorista foram mortos nesse ataque.
Mohammed Deif é uma figura extremamente polêmica e envolta em mistério. Há rumores de que ele tenha apenas um olho e tenha perdido uma mão, além de se locomover em uma cadeira de rodas desde que perdeu uma perna em um ataque de Israel em 2002. O líder do Hamas anunciou a operação “Guardião dos Muros” no último sábado, em resposta aos supostos crimes de Israel contra o povo palestino.
No entanto, Deif é alvo constante dos militares israelenses desde 1995, sendo responsabilizado por diversos assassinatos de soldados e civis. Surpreendentemente, ele sobreviveu a pelo menos cinco tentativas de assassinato nas últimas duas décadas. A última delas foi durante a operação “Guardião dos Muros” em maio deste ano, que resultou no lançamento de milhares de foguetes contra Israel.
Nascido em 1965 no campo de refugiados Khan Yunis, Deif se juntou ao Hamas em 1990 e ganhou destaque como líder militar das Brigadas al-Qassam. Ele é conhecido como “fantasma” por se manter longe da internet e dos celulares, e há poucas imagens recentes dele. Seu objetivo é destruir Israel, passo a passo, e tem sido responsabilizado pela fabricação de foguetes, criação de túneis e aproximação com o Irã para obter armas.
Além disso, Deif é conhecido por incentivar o sequestro de israelenses como forma de obter a libertação de palestinos presos por Israel. Ele se opõe a concessões feitas pelo Hamas, como cessar-fogo em troca de fundos e autorizações de trabalho. O líder militar considera os Acordos de Oslo uma traição à causa palestina e ao objetivo de estabelecer um Estado palestino.
O ataque à casa da família Deif é mais um episódio em meio ao conflito recente entre Israel e Hamas, deixando cada vez mais tensa a situação na região do Oriente Médio. O tema continua sendo acompanhado de perto pela comunidade internacional, que busca soluções para a paz.