As autoridades continuam empenhadas na busca por corpos nas instalações carbonizadas, enquanto as investigações sobre as identidades e os possíveis motivos por trás do ataque seguem em andamento. Existem duas narrativas principais sobre a violência que assolou a noite de sexta-feira, com autoridades americanas apontando o grupo Estado Islâmico no Khorasan, ou ISIS-K, como responsável pelo atentado. Por outro lado, o presidente russo, Vladimir Putin, em sua primeira declaração pública sobre o incidente, optou por não mencionar o ISIS-K, deixando em aberto as possíveis motivações por trás do ataque.
Enquanto isso, a imprensa estatal russa tem lançado dúvidas sobre a teoria do ISIS-K, sugerindo que a Ucrânia e seus apoiadores ocidentais poderiam estar por trás do ataque, uma acusação veementemente negada por Kiev. A tragédia deixou mais de 100 pessoas feridas, muitas em estado crítico, e as autoridades alertam que o número de mortos pode aumentar nas próximas horas.
Quatro pessoas consideradas suspeitas do ataque estão sob custódia das autoridades russas, com poucas informações sendo divulgadas sobre a identidade ou nacionalidade dos suspeitos. Enquanto isso, a banda de rock russa Piknik, que se apresentaria na casa de shows na fatídica noite do atentado, se tornou involuntariamente o epicentro da tragédia, que representa um duro golpe para o presidente Putin, conhecido por sua política de segurança nacional rígida.
A empresa responsável pela casa de shows, Crocus International, se comprometeu a restaurar completamente as instalações danificadas no ataque, estimando um custo que pode ultrapassar os US$ 100 milhões. O complexo onde ocorreu o atentado, desenvolvido pelo bilionário Aras Agalarov, é conhecido por sediar eventos de grande porte, como o concurso de Miss Universo de 2013, que teve a participação do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Artistas renomados, como Eric Clapton e Dua Lipa, já se apresentaram no local, que agora se tornou um símbolo de uma tragédia que chocou a Rússia e o mundo.
