Os moradores locais relataram ter presenciado um verdadeiro massacre, com homens armados causando pânico nos bairros de Laboule e Thomassin, atacando um banco, um posto de gasolina e várias residências. Segundo testemunhas, aproximadamente 10 corpos foram avistados, mas as circunstâncias das mortes ainda não foram esclarecidas. A violência desenfreada tem se intensificado desde o início do mês, quando várias gangues se uniram para desafiar o primeiro-ministro Ariel Henry.
A renúncia de Henry, anunciada há uma semana a partir de Porto Rico, gerou incertezas sobre o futuro político do Haiti. A formação de um conselho presidencial de transição tem sido adiada devido a divergências entre os partidos políticos e o setor privado. A insegurança persiste no país, enquanto a comunidade internacional busca soluções para a crise.
O Quênia havia se comprometido a liderar uma missão internacional de segurança no Haiti, supervisionada pela ONU, mas suspendeu sua intervenção aguardando a nomeação das novas autoridades. Neste contexto, o Conselho de Segurança das Nações Unidas realizará uma reunião a portas fechadas para discutir a situação do país caribenho.
Enquanto isso, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) alerta para o aumento do número de deslocados na área metropolitana de Porto Príncipe, com 160 mil pessoas incapazes de retornar para suas casas. Os Estados Unidos também agiram, evacuando 30 cidadãos haitianos em um voo fretado de Cabo Haitiano para a Flórida, em meio à escalada de violência.
A situação no Haiti é crítica e requer uma resposta urgente da comunidade internacional para evitar uma catástrofe humanitária ainda maior.