A cartilha tem como objetivo auxiliar os professores em práticas e abordagens antirracistas no ambiente escolar. Ana Karla Messias destaca que a valorização da diversidade étnico-cultural e educação antirracista no cotidiano das escolas é essencial para a efetivação da Lei 10.639/2003.
A metodologia utilizada na cartilha é inovadora, buscando elaborar estratégias de problematização, representação, diálogo e contextualização da etnia negra, especialmente dando ênfase ao papel da mulher negra na sociedade. A professora ressalta que as atividades da cartilha foram organizadas por meio do Grupo de Estudos Tereza de Benguela, na Escola Municipal Matheus Santana, envolvendo alunas das séries finais do Ensino Fundamental. Durante as atividades, foram realizados debates, trocas de experiências cotidianas, análises de imagens em oficinas artísticas e produção textual, tudo isso com o intuito de contribuir para o empoderamento e valorização da identidade afrofeminista das alunas.
A Cartilha Digital utiliza QR Codes e Podcasts, que direcionam para vídeos e outras perspectivas interativas. Essa abordagem qualitativa e experimental visa não apenas desenvolver o produto final, a cartilha, mas também o processo de aprendizagem dos professores. Dessa forma, outros docentes podem redesenhar suas práticas e promover uma ressignificação das práticas cotidianas e da integração do conhecimento, utilizando a diversidade como ferramenta de ensino-aprendizagem e reflexão crítica do contexto socioeconômico, político e cultural.
A cartilha conta com dez modalidades, incluindo artesanato, filmes, artistas alagoanas, músicas, fotografias, entre outros, abordando temas relevantes para a pesquisa, o estudo e o ensino da história afrofeminista.
Para acessar a cartilha, basta acessar o link: https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/18178.