De acordo com informações de veículos de comunicação locais, o presidente atual, Alberto Fernández, terá um encontro com seu sucessor nesta segunda-feira para discutir os planos de transição. No entanto, há especulações sobre a possibilidade de Fernández viajar para fora do país, embora nada tenha sido confirmado oficialmente. Esta incerteza sobre a transição do governo vem à tona com a ameaça de licença do principal ministro do gabinete, Sergio Massa, que foi derrotado por Milei nas urnas.
Massa, que tem estado à frente da pasta econômica e tem sido visto como o presidente de fato nos últimos meses, afirmou que pode pedir uma licença após a derrota eleitoral. Esta decisão coloca em dúvida a efetividade do atual governo durante o período de transição para Milei.
Enquanto isso, o novo presidente eleito anunciou planos para privatizar uma petrolífera e uma TV pública, bem como fechar o Banco Central, o que aumenta a incerteza sobre o futuro econômico do país. Milei instou o governo a ser responsável e reconhecer a nova direção do país, enquanto Fernández enfrenta um cenário solitário à frente da presidência, com seu gabinete paralisado e a ausência da vice-presidente Cristina Kirchner.
Além disso, a esposa de Massa, Malena Galmarini, já confirmou que deixará a direção da empresa estatal de águas do país. Com uma inflação crescente, medidas de controle cambial e acordos de congelamento de preços prestes a vencer, a transição de governo em meio a uma casa governamental praticamente paralisada pode trazer desafios adicionais para a Argentina nos próximos dias.
A vitória de Milei representa uma virada significativa na política argentina e sugere a ascensão de forças políticas desconhecidas no país. A incerteza sobre o futuro do governo antes da posse do novo presidente deixa a Argentina em um estado crítico, enquanto o país enfrenta desafios significativos em termos econômicos, financeiros e sociais. Esta transição de poder sem precedentes levanta questões sobre a estabilidade e direção futura da Argentina.