Após ataque do Hamas, crianças traumatizadas do Kibutz Beeri voltam à escola em situação nada normal

Após o ataque devastador do Hamas à região de Kibutz Beeri, os jovens locais enfrentam uma volta às aulas completamente diferente. A tragédia deixou a comunidade escolar em luto, com alunos e professores profundamente traumatizados com as perdas ocorridas. O retorno à escola na última terça-feira foi um marco desafiador para essas crianças, que agora tentam lidar com a dor de enterrar entes queridos.

O relato de Lotan Ron, 15 anos, exemplifica a magnitude da tragédia. Ele descreve como sua turma, originalmente composta por 17 alunos, agora conta apenas com 15, devido à perda de dois de seus colegas. Na turma mais avançada, a situação é ainda mais grave, com apenas 10 estudantes sobreviventes após o sequestro de três colegas e a morte de outros dois.

O impacto do ataque é evidente em toda a comunidade de Beeri, com mais de 1.200 mortes e 30 reféns. Os sobreviventes foram evacuados, deixando para trás suas casas e pertences, e alojados em hotéis a mais de 100 quilômetros de distância. Para os estudantes do ensino médio, a reabertura das aulas oferece um vislumbre de normalidade, mas a realidade envolve salas de aula improvisadas em prédios temporários, muitos professores traumatizados e sessões de terapia ocasionais.

Ron descreve a dificuldade em se concentrar nas aulas, enfatizando a importância de passar tempo com os amigos que sobreviveram. Contudo, cinco deles não tiveram a mesma sorte. O convívio cotidiano com a perda é uma realidade para essas crianças, que enfrentam a inevitabilidade da terapia enquanto tentam lidar com o luto e o trauma.

Para alguns, como Nadav Kipins, a tragédia se estende para além da escola. Kipins perdeu seus pais e tem sete familiares mantidos como reféns, o que torna difícil para ele e outros compreender a importância de continuar sua rotina escolar. No entanto, para Miri Gad Messika, mãe de três estudantes, a reabertura da escola representa o retorno de uma certa normalidade após a tragédia.

Muitas histórias de sobrevivência e superação emergem dessas comunidades afetadas, demonstrando a resiliência das crianças e suas famílias. Por mais desafiadora que seja a transição de volta à escola, o retorno tem como objetivo oferecer um senso de continuidade e esperança para uma comunidade devastada por um ataque de escala sem precedentes.

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