A foto mostra Trump com a cabeça levemente inclinada para baixo, encarando a câmera com uma expressão séria. Essa é a primeira vez que um ex-presidente norte-americano é fotografado para um registro policial, já que em casos anteriores o magnata conseguiu escapar dessa exigência do protocolo policial.
A equipe de campanha de Trump tem aproveitado a visibilidade da foto para se dirigir aos “patriotas” americanos. Em comunicado, eles afirmaram que o “Estado paralelo” está tentando transformar o ex-presidente em inimigo público número um por desafiar a classe política corrupta de Washington.
De acordo com o porta-voz da campanha do empresário, nas últimas três semanas foram arrecadados quase US$ 20 milhões (cerca de R$ 98 milhões), sendo que US$ 7,1 milhões foram angariados desde a publicação da foto na quinta-feira, e US$ 4,18 milhões (R$ 20,3 milhões) apenas no sábado. Segundo Steven Cheung, esse foi o maior valor arrecadado em um único dia durante toda a campanha, porém, essa informação não pôde ser verificada de forma independente pela AFP.
Cheung também pediu à mídia que continue mostrando a foto, inclusive disponibilizando uma versão em alta resolução da imagem.
A fotografia em questão tem sido amplamente explorada pela equipe de Trump. Camisetas, canecas, adesivos e outros itens foram produzidos e distribuídos horas após a divulgação da imagem, que talvez seja uma das mais famosas da história dos Estados Unidos.
Trump utiliza essa foto para se mostrar como vítima de perseguição política e de uma “caça às bruxas” organizada pelos democratas do presidente Joe Biden. Por outro lado, membros do Partido Democrata têm utilizado a mesma imagem para reafirmar que ninguém está acima da lei.
O próprio Biden brincou sobre o assunto ao ser questionado por repórteres. “Eu a vi na televisão. Um garoto bonito”, disse o atual presidente dos Estados Unidos.
Assim, essa foto de ficha policial do ex-presidente tem se tornado um símbolo político, enfatizando as divisões profundas existentes na sociedade americana entre os apoiadores de Trump e seus críticos.
