Apoiadores de Bolsonaro ocupam Avenida Paulista em ato de defesa contra investigações da Polícia Federal por suposta tentativa de golpe.

Neste domingo, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, em uma manifestação convocada pelo próprio ex-chefe do Palácio do Planalto. O evento foi organizado por aliados com o intuito de permitir que Bolsonaro se defenda das investigações da Polícia Federal (PF) sobre sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado.

O ato teve início oficialmente às 14h, mas desde as primeiras horas da manhã a avenida já apresentava intensa movimentação, com a presença de apoiadores do ex-presidente vestindo camisetas verde e amarelo, empunhando bandeiras do Brasil, de Israel e de Bolsonaro pelas calçadas. O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) permaneceu fechado devido à manifestação.

No dia 12, Bolsonaro gravou um vídeo convocando seus seguidores para um “ato pacífico” em defesa do “Estado democrático de direito”, no qual prometeu rebater as acusações que lhe foram feitas nos últimos meses. Ele pediu que os apoiadores não levassem cartazes “contra quem quer que seja”, em uma tentativa de evitar ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a seus ministros, comuns em manifestações bolsonaristas.

A convocação para o ato na Avenida Paulista veio após a PF implicar Bolsonaro e membros de seu governo em uma possível tentativa de golpe, com base em evidências como um texto encontrado na sala do ex-presidente na sede do PL em Brasília, e um vídeo de uma reunião ministerial no qual Bolsonaro incentivou ataques ao sistema eleitoral. Essas provas foram citadas pela PF como indícios de uma suposta “dinâmica golpista” dentro do governo.

Manifestantes começaram a ocupar a Avenida Paulista desde as 10h, chegando em caravanas de vários estados como Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O evento contou com quatro veículos na avenida, incluindo carros de som para discursos de políticos e influenciadores bolsonaristas, além de telões de led para retransmissão dos discursos. Um forte esquema de segurança com 2 mil agentes da Polícia Militar foi montado na região e arredores, incluindo drones para monitoramento. Este foi mais um capítulo das manifestações em apoio a Bolsonaro, que tem sido marcadas por tensões e polêmicas.

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