ANM emite parecer técnico com recomendações ao Plano de Fechamento da Mina de Sal-Gema da Braskem em Maceió após abatimento.

A Agência Nacional de Mineração (ANM) emitiu um parecer técnico com conclusões e recomendações em relação ao Plano de Fechamento da Mina de Sal-Gema da Braskem em Maceió (AL). De acordo com o relatório da Agência, o sistema de monitoramento foi eficiente ao alertar com antecedência de cerca de 15 dias tanto o início do abatimento quanto o subsequente colapso da frente de lavra M#18. No entanto, a ANM recomenda uma avaliação técnica mais aprofundada para entender as causas e possíveis consequências do ocorrido, bem como as implicações na própria cavidade e nas cavidades adjacentes.

Enquanto isso, a recuperação do talude da encosta do Bairro Mutange está progredindo conforme o projeto apresentado pela Braskem, sem interrupções significativas. O Grupo Técnico de Sal (GT-SAL), composto por especialistas da ANM encarregados de monitorar a situação das minas da empresa em Maceió, ressalta a importância de medidas cautelares e estudos adicionais após a liberação da área de segurança, garantindo o retorno seguro de pessoal e equipamentos.

O GT-SAL propôs uma série de exigências à Braskem S.A., a serem cumpridas no prazo de 60 dias, incluindo a produção de um relatório detalhado sobre as causas e consequências do abatimento na mina 18, uma análise de risco para possíveis eventos futuros e justificativas para o não preenchimento de outras frentes de lavra não pressurizadas.

Após avaliação da documentação apresentada nos meses de dezembro de 2023 e janeiro de 2024, a ANM sublinha a importância de atualizações regulares das informações apresentadas à agência, com intervalos máximos de 30 dias, incluindo avaliações técnicas do contexto de cada frente de lavra monitorada.

Entre as exigências da ANM à Braskem estão a produção de um relatório com análise das causas e consequências do abatimento na área da mina 18, incluindo justificativas sobre a improbabilidade do evento, a realização de uma análise de risco para possíveis eventos futuros, a justificação técnica para o não preenchimento de outras frentes de lavra não pressurizadas, e a atualização de cronogramas de execução das atividades de fechamento da mina.

Além disso, a ANM requer a produção de gráficos de tendência contemplando as leituras de subsidência antes e após o evento ocorrido na área da frente de lavra M#18 e arredores, relatórios com dados atualizados da geometria e georreferenciamento de todas as cavidades não pressurizadas, simulações com a utilização do modelo 3D elaborado, atualização da representação gráfica dos grupos de cavidades, previsão de prazo para a apresentação da proposta de fechamento das frentes de lavra sem definição do método de fechamento e avaliação de alternativas para o fechamento das frentes de lavra não pressurizadas.

A ANM também solicita a programação para a realização de novos exames de sonar das frentes de lavra M#09, M#12, M#22, M#23 e M#33, bem como a atualização dos cronogramas de execução das atividades de fechamento da mina.

Diante dessas exigências, a Braskem tem 60 dias para cumprir as recomendações da ANM e fornecer as informações e análises solicitadas. A segurança e estabilidade das instalações da empresa, bem como a prevenção de futuros incidentes, estão no centro das preocupações da Agência Nacional de Mineração.

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