Andrade Gutierrez e Novonor disputam retomada de obras em refinaria da Petrobras, alvo da Lava-Jato, com proposta de R$ 6 a 8 bilhões.

As construtoras Andrade Gutierrez e Novonor, anteriormente conhecida como Odebrecht, estão prestes a retomar as obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), localizada em Pernambuco. Essa refinaria, que já consumiu em torno de R$ 100 bilhões, foi um dos empreendimentos envolvidos nos escândalos de corrupção da Petrobras desvendados pela Operação Lava-Jato. O Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a apontar um superfaturamento de pelo menos R$ 2,1 bilhões nas obras desta unidade.

Segundo informações do jornal “O Estado de S.Paulo”, confirmadas posteriormente pelo GLOBO, Andrade Gutierrez e Novonor estão na fase final do processo de licitação para a retomada das obras da refinaria. Diversas empreiteiras, incluindo estas duas, firmaram acordos com órgãos do governo para voltarem a participar de licitações públicas, um procedimento que teve início durante o governo de Jair Bolsonaro.

A Petrobras informou que o processo de licitação das obras da Rnest encontra-se em andamento, na fase legal de “Efetividade”, após o recebimento das propostas em março. A companhia ressaltou que as sugestões recebidas estão sendo analisadas pela Comissão de Licitação, e, portanto, ainda não foi definida a empresa vencedora.

O projeto de ampliação da refinaria contempla a produção de 145 mil barris de diesel por dia, com a intenção de focar em uma versão mais limpa, o Diesel S10, de baixo teor de enxofre. Com a finalização das obras, haverá um aumento significativo na capacidade de produção nacional, contribuindo para reduzir a dependência de importações de combustíveis.

A primeira unidade de refino de Abreu e Lima começou a operar no final de 2014, e a empresa planeja expandir essa capacidade, passando de 115 mil barris de petróleo por dia para 130 mil. A gestão atual decidiu acelerar o projeto de ampliação da refinaria, que inicialmente previa uma segunda unidade, posteriormente descartada em 2015. A estatal chegou a colocar a Rnest à venda juntamente com outras refinarias, porém não houve interessados.

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