Essas demissões vêm em meio a um cenário conturbado para a Americanas, que enfrenta uma dívida bilionária e a proteção judicial após uma fraude financeira que abalou a empresa. No mesmo dia em que as demissões foram reveladas, a varejista anunciou a contratação de 7 mil trabalhadores temporários para reforçar a operação das suas 1.600 lojas físicas.
Com 33.861 colaboradores com carteira assinada, as oscilações no quadro de funcionários da Americanas são justificadas pela empresa como parte de uma estratégia sazonal para atender a demanda em datas importantes para o varejo, como a Black Friday e o Natal.
No entanto, as demissões em massa não foram a única controvérsia enfrentada pela Americanas. Recentemente, a empresa demitiu seis diretores em uma única semana, além de ter fechado lojas e suas ações no mercado estarem sendo negociadas a valores baixos.
Apesar das demissões, o relatório mensal do administrador judicial aponta que na semana que antecedeu a Black Friday, a Americanas realizou 5.546 contratações, o que indica uma flutuação significativa no quadro de funcionários da empresa.
Além das demissões em massa, 306 funcionários pediram voluntariamente para deixar a empresa, mostrando um cenário de instabilidade e incerteza para os trabalhadores da Americanas.
Com tudo isso, a Americanas enfrenta desafios significativos para se reerguer e recuperar a confiança dos seus colaboradores, clientes e investidores em um cenário pós-fraude e em meio a uma reestruturação provocada pela recuperação judicial.