Presentes na sociedade há mais de um século, a fotografia surgiu como um marco para a sociedade e tem passado por diversas transformações, sendo a foto digital a mais revolucionária de todas. Com a principal função de registrar fatos e acontecimentos, as fotos também trazem algo a mais, tornam-se documentos históricos e até arte.
O professor dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unit Alagoas, Beto Macário, explica que a fotografia é um exponencial da comunicação visual. “Na fotografia há o emissor (fotógrafo) que empresta muito de si para produzir a mensagem, ou seja, toda a sua referência visual de mundo, percepção e relação com o que está sendo fotografado. Neste sentido, a sensibilidade aflora e acaba influenciando diretamente no resultado”.
Em sala de aula, o docente incentiva seus alunos a percebam que todo o seu repertório e visão de mundo podem contribuir na construção narrativa imagética. O resultado tem sido o reconhecimento nacional do que vem sendo produzido por estudantes. “Tivemos quatro trabalhos selecionados, recentemente, para a Mostra de Fotojornalismo Universitário da USP. Em cada um dos trabalhos, os estudantes registraram assuntos que, de certa forma, os provocavam”, comenta Macário.
Os trabalhos hospedados na mostra falam sobre situações análogas a trabalho escravo em plantações de cana de açúcar no município de Capela, obras inacabadas e ocupação irregulares no Vale do Reginaldo, a desocupação de imóveis por conta do afundamento da extração desmedida de minérios, no bairro do Pinheiro e sobre a resistência à religiosidade de origem africana pela sociedade maceioense.
“Todos esses trabalhos, expuseram por uma perspectiva documental e plástica o incômodo que eles mantêm com cada tema abordado: levantando o debate e buscando soluções das autoridades competentes quando isso é possível”, finaliza o professor.
