Desde a sua inauguração em 10 de julho, a Sala Lilás já atendeu 45 pessoas que foram vítimas de diferentes tipos de violência. O HGE, sendo uma unidade porta aberta para o atendimento de traumas, recebe diariamente indivíduos que sofrem com agressões físicas e sexuais, acidentes e outras formas de violência.
Gustavo Pontes de Miranda, secretário de Estado da Saúde, ressaltou que a violência é um problema que afeta pessoas de todas as idades e classes sociais, e que é papel do HGE acolher essas vítimas de forma humanizada e atuando conforme a legislação vigente. Ele ainda destacou que muitas vezes os agressores estão dentro de casa, reproduzindo violências que eles mesmos sofreram. Para enfrentar essa questão, a equipe do HGE precisa estar preparada para combater e prestar assistência de qualidade.
A enfermeira Dhandara Ferreira explicou a importância de os profissionais de saúde terem um olhar atento e capacitado para identificar casos de violência, mesmo quando a vítima não a menciona explicitamente. Muitas vezes, as pessoas chegam ao hospital com problemas de saúde aparentemente comuns, como enxaquecas e dores difusas, mas na verdade estão sofrendo violência.
Diante desse contexto, a RAV está promovendo o Plano de Qualificação para os profissionais que atuam na Sala Lilás e em outras áreas do HGE relacionadas às violências. O objetivo é disseminar as ações executadas pela Sala Lilás, aprofundar conhecimentos sobre os diferentes tipos de violência, entender os encaminhamentos necessários e a atuação multidisciplinar.
Durante este mês, serão realizadas capacitações adicionais para outras equipes do HGE sobre a assistência às vítimas de violência. O diretor do hospital, Fernando Melro, destacou que a violência é um fenômeno complexo que envolve diversos fatores sociais, ambientais, culturais, econômicos e políticos. Portanto, é necessário analisar cada caso considerando diferentes aspectos da vida das vítimas.
Com essa iniciativa, espera-se que os servidores do HGE estejam cada vez mais preparados para identificar e atuar em casos de violência, garantindo um atendimento de qualidade e um acolhimento adequado às vítimas. Ações como essa são fundamentais para combater a violência e promover a segurança e a saúde dos cidadãos.
