Especialistas aconselham que em casos de suspeita ou diagnóstico de dengue, não sejam utilizados anti-inflamatórios, corticoides e antibióticos, uma vez que esses medicamentos podem agravar os sintomas da doença. A orientação é para que a população evite o uso dessas substâncias, que podem aumentar a gravidade do quadro de saúde de uma pessoa infectada ou com suspeitas da doença.
O chefe de Gabinete de Combate às Doenças Infectocontagiosas da Sesau, médico infectologista Renee Oliveira, enfatizou que os antibióticos costumam ser a primeira opção das pessoas, no entanto, não são recomendados para casos de dengue. Segundo o profissional, os antibióticos não são indicados para doenças virais, incluindo a dengue. Da mesma forma, anti-inflamatórios como AAS ou aspirina, e corticoides, também não devem ser utilizados, pois podem ocasionar complicações no quadro do paciente.
Entre os medicamentos contraindicados para casos de dengue estão Ibuprofeno, Naproxeno, Varfarina, Cetoprofeno, Indometacina, Dexametasona, Diclofenaco e Prednisolona. A Sesau ressalta que não há um medicamento específico para o tratamento da dengue, mas alerta que essas substâncias não devem ser usadas por quem foi comprovadamente infectado ou que apresenta sintomas da doença.
O médico Gustavo Pontes de Miranda, secretário de Estado da Saúde, destacou a importância de divulgar informações de fontes confiáveis para salvar vidas e frisou que a população deve evitar a automedicação, buscando informações e atendimento médico adequado disponível 24 horas em unidades hospitalares.
Para aliviar os sintomas da dengue, a recomendação é recorrer a analgésicos como o paracetamol e antitérmicos como a dipirona, que diminuem as dores e o mal-estar. Além disso, é essencial focar na hidratação, ingerindo bastante água, soro caseiro e água de coco, e procurar imediatamente um médico caso os sintomas persistam.
Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dor de cabeça, nos ossos e articulações, dor atrás dos olhos, manchas pelo corpo, náusea, tontura e cansaço. Em casos mais graves, podem ocorrer vômitos, dificuldade de respirar, hemorragia, dor abdominal intensa, confusão mental e até perda da consciência.
Portanto, é essencial seguir o tratamento adequado e buscar informações confiáveis, evitando a automedicação e garantindo atendimento médico especializado quando necessário.
