A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está alertando a população dos 102 municípios sobre os riscos da gravidez na adolescência e sobre os métodos contraceptivos disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS). A gestação na adolescência é uma condição que pode trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê, além de poder comprometer o desenvolvimento do recém-nascido.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gravidez na adolescência eleva as chances de complicações para a mãe, o feto e o recém-nascido. Além disso, pode agravar problemas socioeconômicos já existentes. Para a adolescente gestante, há um maior risco de mortalidade materna, enquanto para o recém-nascido, as chances aumentam para anomalias graves, problemas congênitos ou traumatismos durante o parto.
Caroline Leite, supervisora de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente da Sesau, ressalta que a maioria dos casos de gravidez na adolescência é indesejada devido à falta de informação e apoio das redes familiares e comunitárias. Independentemente de ser planejada ou não, a gravidez precoce aumenta o risco de óbito materno e infantil, bem como de parto prematuro, anemia, aborto espontâneo, eclampsia e depressão pós-parto.
A Sesau também destaca a importância da conscientização dos jovens por meio da educação sexual integral e promove ações educativas nos 102 municípios alagoanos, com o apoio logístico da Secretaria de Estado, que giram em torno da prevenção da gravidez na adolescência e da discussão sobre o desenvolvimento afetivo enquanto aspecto inerente ao desenvolvimento da sexualidade.
Em relação aos métodos contraceptivos disponíveis, a Sesau ressalta que a camisinha é um dos mais eficazes para impedir uma gestação não programada, além de prevenir as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o Dispositivo Intrauterino (DIU) e a vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV) nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 102 municípios.
O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, ressalta a importância de garantir o acesso aos métodos contraceptivos para enfrentar a gravidez na adolescência. Ele enfatiza que a oferta de métodos contraceptivos é uma ação fundamental para a prevenção da gravidez precoce.
Portanto, é essencial que os jovens, suas famílias e a comunidade em geral sejam informados e conscientizados sobre os riscos da gravidez na adolescência e sobre os métodos contraceptivos disponíveis no SUS. A prevenção e o acesso à informação são essenciais para o bem-estar e a saúde das adolescentes e de suas futuras gerações.
