O foco do projeto era recompor as perdas de aprendizagem do início da pandemia e a temática da mobilidade urbana surgiu a partir de um levantamento junto aos estudantes sobre as dificuldades enfrentadas para chegar até a escola. A partir disso, a escola se mobilizou em busca de soluções, envolvendo os alunos e professores em uma grande ação interdisciplinar, enxergando a cidade como sala de aula e transformando-a em um espaço inclusivo.
Como resultado deste trabalho, a escola conseguiu fazer com que a rua próxima à instituição fosse asfaltada, além de adquirir um triciclo para dois alunos com dificuldades de locomoção, dentre outras melhorias de acessibilidade. Além disso, o engajamento na ação também contribuiu para uma melhoria na aprendizagem dos estudantes, pois todos estavam envolvidos em ações interdisciplinares, que trouxeram aprendizados significativos para a vida deles.
O projeto também gerou um impacto positivo na vida dos alunos, como no caso de Robson Thiago do Nascimento e sua irmã Amanda Andriele, que foram beneficiados com um triciclo, facilitando a locomoção até a escola. Os alunos Sara Vitória Cândido e Yasmin Silva Ferreira adquiriram um aprendizado que levarão para toda a vida, além de mobilizarem toda a comunidade com assinaturas para o abaixo-assinado, fazendo palestras e buscando parcerias.
A diretora da Ovídio Edgar, Gerliane da Silva, destacou a importância da união da comunidade escolar em torno do projeto, ressaltando que a iniciativa impactou não só a vida dos alunos, mas também dos professores, tornando todos mais conscientes acerca da questão da mobilidade urbana e da importância da inclusão. O projeto ainda chamou a atenção do Brasil por unir protagonismo juvenil, interdisciplinaridade e conscientização comunitária, e foi destaque também na Revista Nova Escola.