A criação do grupo de trabalho foi decidida em uma reunião da Assembleia da Região Metropolitana que aconteceu na última quinta-feira (17). O grupo será responsável por representar os municípios em uma mesa de negociação com a mineradora, buscando garantir que o ressarcimento dos prejuízos siga os mesmos parâmetros do acordo feito com Maceió. O município de Maceió, que também faz parte da assembleia, não participou da reunião e enviou um ofício solicitando o cancelamento do encontro.
Segundo o secretário de Planejamento, Gestão e Patrimônio, Gabriel Albino, o grupo de trabalho terá como tarefas alinhar o diálogo interno, avaliar a extensão dos danos causados e realizar diagnósticos relacionados ao impacto nas áreas demográfica, ambiental, de saúde, infraestrutura, transporte e mobilidade urbana. A partir disso, será iniciado um diálogo de mediação com a Braskem para a definição dos danos afligidos às regiões afetadas pelo afundamento do solo.
O grupo de trabalho será composto pelo presidente da Assembleia Metropolitana e prefeito de Murici, Olavo Calheiros Neto; pelo prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves; pelo prefeito de Marechal Deodoro, Claudio Roberto Ayres da Costa; pelo prefeito de Pilar, Renato Filho; e pela Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag).
A previsão é de que o Grupo de Trabalho funcione por até 60 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 60. Será solicitado à Braskem que informe quais parâmetros e critérios foram utilizados pela empresa para mensurar os valores do acordo com Maceió. Com base na resposta da mineradora, a Assembleia Metropolitana espera iniciar o diálogo de negociação com os demais municípios afetados pelo afundamento do solo, visando um futuro ressarcimento dos prejuízos causados.
