A perita criminal Barbara Fonseca, do Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística, explicou sobre o resultado da primeira análise realizada na unidade sobre o caso. Ela ainda continua seu trabalho, realizando outros exames nos vestígios encontrados no suposto local onde aconteceu o estupro. “Foi realizada a extração do DNA de swabs anais da vítima, os quais foram confrontados com a amostra do suspeito. Inicialmente, foi realizado o teste de PSA (proteína produzida pela próstata e presente no líquido seminal) e deu positivo. Em seguida, o DNA foi extraído e o perfil genético masculino encontrado na amostra anal da vítima apresentou coincidência total com o perfil do suspeito preso”, explicou a perita.
É importante ressaltar que um laudo feito pelo Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML), da Polícia Científica, já havia confirmado que a vítima do pedreiro apresentava lesões indicativas de violência sexual. Mesmo com a confissão do acusado, conforme o artigo 158 do Código de Processo Penal (CPP), quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, para comprovar tecnicamente o crime. O caso chocou a comunidade local e gerou indignação em todo o país. A criança foi sequestrada, estuprada e abandonada em um canavial por trás do aeroporto em Rio Largo no dia 21 de janeiro, e foi encontrada por um casal que a entregou para uma guarnição da PM e encaminhada para a Rede de Atenção a Violências (RAV) do Hospital da Mulher.
Este desdobramento no caso traz esperança para a solução do crime e mostra a importância da prova técnica para a confirmação de casos tão graves como esse. A Polícia Científica de Alagoas segue trabalhando incansavelmente para a conclusão do inquérito e a punição do culpado, buscando levar justiça para a vítima e sua família.