As investigações tiveram início após a morte de Valdiclea, que ocorreu no dia 1º de agosto de 2022. A suspeita recaiu sobre a própria filha da vítima, que teria preparado um jantar no dia em que a mãe passou mal. O exame necroscópico realizado no Instituto Médico Legal de Maceió indicou a presença da substância terbufós, um poderoso inseticida-nematicida, altamente tóxico e utilizado em plantações agrícolas para controle de pragas.
Através das investigações, a polícia obteve mandados de apreensão e prisão para a adolescente e seu companheiro, um homem de 50 anos. O delegado Everton Gonçalves, titular da Delegacia de Homicídios de Arapiraca, enfatizou a importância da atuação da Polícia Científica no esclarecimento do caso.
Os suspeitos estavam foragidos desde o crime, mas foram localizados pela Divisão de Inteligência da Polícia Civil. O homem foi preso ao sair de uma agência bancária no Rio de Janeiro, enquanto a menor foi apreendida na residência do casal na Comunidade da Maré, também na capital carioca.
O perito criminal Thalmanny Goulart, chefe do Laboratório de Química e Toxicologia do Instituto de Criminalística, explicou que o exame pericial foi crucial para identificar a presença da substância tóxica no organismo da vítima. Essa descoberta permitiu avançar nas investigações e reunir provas para a emissão dos mandados de busca e prisão.
Diante dos fatos, fica evidente a importância do trabalho realizado pelo Instituto de Criminalística no esclarecimento de crimes complexos como esse. O laudo produzido pelos peritos foi fundamental para embasar o pedido de mandados de apreensão e prisão, possibilitando que os envolvidos no crime fossem levados à justiça e responsabilizados por suas ações. A atuação dos profissionais da Polícia Científica no Estado de Alagoas é de suma importância para a resolução de casos criminais e para a garantia da segurança e justiça para a população.