ALAGOAS – “Hospitais alertam para infecções causadas por larvas em feridas desprotegidas: Saiba os riscos e como prevenir”

Alerta para o risco de infecções causadas por larvas em feridas desprotegidas
O Hospital Geral do Estado (HGE) em Maceió está emitindo um alerta para o risco de infecções causadas por larvas em feridas desprotegidas. A Miíase, como é conhecida essa condição médica, pode causar lesões extensas, mal cheiro, pus e até hemorragias graves em humanos e animais. A ocorrência de larvas que se alimentam dos tecidos do couro cabeludo é comum e pode acontecer quando um ferimento não é tratado corretamente. Por meio de um descuido, uma mosca pode pousar e depositar mais de 200 ovos, resultando na Miíase.

Segundo informações da médica pediatra Josane Paes, do HGE, as larvas podem infestar uma ferida em menos de 24 horas. As consequências para a saúde incluem infecção, mal cheiro, pus e até hemorragias graves. É um equívoco pensar que essa condição está relacionada apenas a pessoas que vivem em más condições de higiene e saneamento básico. De fato, qualquer pessoa pode ser escolhida por uma mosca para depositar seus ovos.

Um caso recente chamou a atenção para esse problema. Uma mãe levou sua filha de seis anos a uma unidade de pronto atendimento após ter observado uma bolha no couro cabeludo da menina, que estourou e deixou um orifício. Após tratamentos e orientações, a febre persistiu e a mãe observou algo se mexendo na ferida. Após exames, a criança foi diagnosticada com infestação de larvas e precisou passar por uma intervenção cirúrgica para remoção. O caso foi um alerta para a mãe, que jamais imaginou que sua filha poderia ser acometida por essa condição.

A pediatra Josane Paes orienta que o tratamento é feito através da remoção das larvas da ferida por catação e deve ser realizado o quanto antes para evitar a progressão da doença. A região é esterilizada e o paciente é tratado com antibióticos para evitar infecções.

Fernando Melro, diretor geral do HGE, ressalta a importância de buscar atendimento em uma unidade de pronto atendimento ao primeiro sinal de infecção por larvas. Ele enfatiza que a rede de saúde do Governo de Alagoas está preparada para cuidar das pessoas e fornecer tratamento qualificado em casos como esse. A prevenção é fundamental e consiste em proteger feridas abertas do contato com moscas, evitando a penetração das larvas.

O caso da criança serviu como alerta para a população e como exemplo da importância de cuidados específicos com ferimentos e lesões, especialmente em regiões consideradas de risco. O tratamento precoce e a orientação adequada foram fundamentais para a recuperação da criança e para evitar complicações graves.

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