ALAGOAS – “Aumento de 31% nos casos de HIV/Aids preocupa Hospital Helvio Auto em 2023”

Em 2023, o Hospital Escola Dr. Helvio Auto registrou um aumento significativo no número de novos casos de HIV/Aids, totalizando 370 novas ocorrências ao longo do ano. Esse número representa um aumento de 31,6% em relação a 2022, quando foram registrados 281 casos. Esse crescimento tem gerado preocupação entre os especialistas da área da saúde, que alertam para a necessidade de atenção e prevenção.

De acordo com os dados divulgados pelo hospital, a predominância dos novos casos ocorre em indivíduos do sexo masculino, representando 67% do total, enquanto as mulheres correspondem a 33% dos novos casos. Além disso, a faixa etária mais afetada pelo aumento é entre 20 e 34 anos, com 40% dos novos diagnósticos.

A coordenadora do ambulatório de doenças infectocontagiosas do Helvio Auto, Lygia Antas, ressaltou a importância de abordar o tema da prevenção nas escolas, propagandas e outros espaços de convivência dos jovens. Segundo Antas, a geração mais nova, que cresceu sem o receio da doença devido ao sucesso do tratamento, precisa ser informada sobre os riscos e os métodos de prevenção.

Apesar da descentralização de serviços de saúde que tratam o HIV/Aids, o aumento constante preocupa os especialistas. O infectologista Fernando Maia alerta que os principais serviços de atendimento já estão no limite de suas capacidades, e que o sucesso do tratamento não deve ser motivo para descuido na prevenção.

Atualmente, o Serviço de Assistência Especializada (SAE) do Hospital Helvio Auto acompanha cerca de 3.250 pacientes com HIV/Aids em tratamento ambulatorialmente, o que o torna o maior ambulatório em doenças infectocontagiosas do estado em número de pacientes em tratamento.

Diante desse cenário, a conscientização, a prevenção e o acompanhamento adequado dos pacientes tornam-se fundamentais para o enfrentamento do HIV/Aids, e cabe às autoridades e organizações de saúde adotar medidas eficazes para conter o avanço da doença.

É fundamental que a sociedade também seja envolvida nesse processo, contribuindo para a disseminação de informações sobre prevenção e promoção da saúde, visando reduzir a incidência de novos casos e garantir um tratamento digno para aqueles que já convivem com a doença.

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