De acordo com o balanço, o HGE registrou 4.440 atendimentos a pacientes que sofreram acidentes de trânsito durante os primeiros 10 meses do ano, sendo 2.036 vítimas de colisões, 1.636 de acidentes de moto, 409 de atropelamentos, 245 de quedas de bicicleta e 114 de capotamentos. No mesmo período do ano anterior, foram notificados 4.388 atendimentos, o que indica uma estabilidade no número de ocorrências.
O alto número de atendimentos preocupa a equipe multidisciplinar do HGE, que chama a atenção para a necessidade de mais prudência, atenção e respeito às normas de trânsito. Segundo o médico especialista em traumas, Álvaro Bulhões, muitos acidentes acontecem devido ao uso de celular, consumo de bebidas alcoólicas e distrações, tanto de condutores quanto de pedestres.
Os acidentes envolvendo motocicletas são especialmente preocupantes, pois geralmente resultam em ferimentos mais graves e exigem tratamento mais longo. O médico alerta que tais acidentes resultam em maior tempo de hospitalização, afastamento do trabalho, diminuição da renda familiar e até sequelas permanentes que afetam a vida dos feridos e seus familiares.
Um exemplo disso é um paciente de 31 anos que sofreu um acidente de moto em Maceió. Mesmo não tendo se ferido gravemente, ele precisou passar por atendimento na Área Vermelha do HGE. Para casos mais graves, a equipe multidisciplinar do hospital encaminha os pacientes para exames, administração de medicações e, nos casos mais críticos, para o centro cirúrgico.
O diretor geral do HGE, Fernando Melro, ressalta que as equipes estão preparadas para atender pacientes vítimas de acidentes de trânsito, porém, a diminuição desses casos depende da conscientização e prudência de todos. A recomendação é que em casos de risco de fraturas, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) seja acionado imediatamente, sem mexer na vítima, e o Corpo de Bombeiros seja chamado nos casos em que os envolvidos estejam presos em ferragens ou em condição de risco.
Portanto, a prevenção dos acidentes de trânsito é fundamental para evitar danos à sociedade e reduzir o número de feridos e sequelados, tanto física quanto mentalmente. Cabe a cada um fazer a sua parte para garantir a segurança no trânsito e evitar acidentes.
