Mais um atentado na Europa chocou o mundo na noite desta quinta-feira (14), em Nice, no sul da França, onde um caminhão atropelou uma multidão que comemorava o Dia da Bastilha, no centro da cidade.
O ataque, até então sem ligações com grupos terroristas, resultou na morte de mais de 80 pessoas e deixou 18 gravemente feridas. A alagoana Flávia Motta, que reside no país, viu de perto o terror e relatou a experiência ao TNH1. Ela revela que o clima de medo tem mudado a rotina de quem vive na França.
Flávia mora há quase um ano em Rueil-Malmaison, cidade que fica a 15 minutos do centro de Paris. Jornalista, ela estava em Nice um dia antes do atentado. “Fui conhecer a cidade com meu namorado e alguns amigos, e aproveitamos para assistir à final da Eurocopa. Voltamos para Paris na quarta”, explicou.
Segundo Flávia, mesmo com o alarme falso de ataques terroristas no evento para assistir ao jogo de quarta, o clima foi de tranquilidade. “Assistimos na fanzone e, apesar de algumas pessoas terem ficado feridas [houve confusão e a polícia foi acionada], foi tudo tranquilo”, disse sobre o acontecimento do dia anterior ao ataque desta quinta.
A alagoana contou ao TNH1 que apesar de os franceses terem o pensamento de “não se entregar ao terrorismo”, casos como este reacendem o medo. “Todos tentam continuar suas rotinas, porém evitam aglomerações. São coisas imprevisíveis e que tiram a vida de muita gente”, afirmou.
Com data certa para voltar ao Brasil, Flávia disse que não pensa em antecipar o retorno. “Estamos vivendo tempos difíceis tanto aí no Brasil, com violência e insegurança, como aqui, com os ataques, em proporções diferentes”, explicou. “Mas obviamente me faz ter mais cautela quanto aonde ir, como ir, para onde viajar”, concluiu.
Bruno Felix – TNH1
