De acordo com a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, a procuradoria acusa Moro de ter gasto pelo menos R$ 2 milhões a mais do que deveria e pediu a cassação de seu mandato por abuso de poder econômico. No entanto, os advogados pretendem alegar que a principal despesa de Moro na pré-campanha foi com segurança. Eles vão apresentar as ameaças feitas pela facção criminosa ao senador para argumentar que o gasto não pode ser considerado na pré-campanha.
Além disso, a defesa de Moro questionará os valores aplicados em monitoramento de redes, um dos gastos apontados pela procuradoria como abusivos. Segundo os advogados, o monitoramento também era realizado para o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, que era pré-candidato à Presidência da República, e os custos relacionados a Bivar seriam mais elevados.
A fase de apresentação de documentos no processo foi encerrada e Moro pretende levar esses argumentos aos desembargadores do caso por meio de um memorando. O julgamento do caso está marcado para janeiro.
Moro é acusado pelo PT e pelo PL de abuso de poder econômico nas eleições de 2022, quando disputou o Senado Federal pelo União Brasil no Paraná. As siglas alegam que Moro teve vantagem na disputa por também ter contado com as verbas do Podemos, partido pelo qual foi pré-candidato à Presidência.
A defesa de Moro está confiante de que os argumentos apresentados serão suficientes para convencer os desembargadores do TRE-PR e garantir a manutenção de seu mandato. Eles consideram que o plano de atentado do PCC é um elemento relevante e que reforça a tese de que os gastos questionados não têm relação com a campanha eleitoral. Agora, resta aguardar o desenrolar do julgamento para saber qual será o desfecho desse caso.