Em comunicado divulgado, Bialski afirmou que sua saída foi acordada com os interesses envolvidos. Ele deixará de representar a ex-primeira-dama no Inquérito nº 4.874/DF (Pet.11645), pois os advogados que atualmente representam o ex-presidente Jair Bolsonaro poderão assumir habilmente o caso.
No entanto, os advogados de Michelle e de Bolsonaro têm divergido em relação à linha de defesa que devem adotar no caso das joias recebidas de presente no exterior. A equipe da ex-primeira-dama deseja seguir a estratégia utilizada no caso dos cheques de Fabrício Queiroz, afirmando que os valores eram provenientes de empréstimos.
Por outro lado, a defesa de Bolsonaro tem defendido a unificação das teses, alegando que a dinâmica das joias não atingiu Michelle e mantendo a versão de que ele estava protegido por uma portaria de 2017, que ele próprio revogou durante seu mandato.
Os advogados de Michelle acreditam que manter as defesas separadas é a única forma de proteger a ex-primeira-dama. Dessa maneira, eles querem que Bolsonaro assuma a culpa pelas joias e afirme que Michelle não tinha conhecimento do assunto. Para eles, qualquer outra estratégia seria prejudicial tanto politicamente quanto juridicamente.
A parte da defesa que é contra a unificação das teses argumenta que a única saída é Bolsonaro proteger Michelle e admitir que ele deu a ordem para a venda das joias recebidas. Unir as teses do casal colocaria a ex-primeira-dama em uma posição vulnerável, sem a proteção necessária.
A disputa entre os advogados de Michelle e Bolsonaro evidencia a complexidade do caso e as diferentes estratégias que podem ser adotadas. Enquanto a defesa busca o melhor caminho para proteger seus clientes, a justiça segue conduzindo o inquérito para esclarecer os fatos e tomar as devidas providências legais.
