De acordo com o comunicado divulgado, uma parte do valor da indenização por danos morais pago por Luísa foi utilizada por Isabel para arcar com os custos do processo. A advogada ressaltou que o objetivo do processo era mostrar como inclinações pessoais podem afetar o julgamento de uma pessoa em relação a grupos minoritários, referindo-se ao racismo estrutural. No entanto, Jéssica também lamentou a falta de apoio do Judiciário em relação à representatividade adequada para grupos minoritários.
A retratação pública feita por Luísa foi destacada na nota como um importante passo para o debate e a reflexão sobre as diversas formas de racismo presentes na sociedade. A advogada afirmou que o acordo foi satisfatório e atendeu a todos os pedidos feitos por Isabel.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de Luísa Sonza para obter mais informações sobre o acordo e o arquivamento do processo, mas ainda não obteve resposta.
O caso de racismo contra Luísa Sonza ocorreu originalmente em 2018, durante uma festa em Fernando de Noronha. Isabel Macedo relatou que a cantora bateu em seu ombro e pediu um copo d’água, questionando se ela trabalhava no evento. Isabel questionou a atitude e criticou a forma como a branquitude sempre enxerga pessoas negras como serviçais.
Após a repercussão, Luísa fez uma retratação pública e se comprometeu a acatar o valor pedido por Isabel. A cantora também gravou um vídeo em que pediu desculpas pela situação e por posicionamentos anteriores sobre o caso. Ela ressaltou a necessidade de combater o racismo e reconheceu que a educação e a estrutura da sociedade são racistas.
É importante ressaltar que o caso de racismo contra Luísa Sonza foi arquivado após o acordo entre as partes envolvidas. A retratação pública da cantora contribuiu para o debate sobre o racismo na sociedade e evidenciou a importância de ações individuais de combate ao preconceito.
